Secretário
de Planejamento e Finanças do Governo do Estado, Aldemir Freire/ José Aldenir –
AGORA RN
O secretário estadual de Planejamento e Finanças, Aldemir Freire,
garantiu nesta segunda-feira, 25, que o Governo do Rio Grande do Norte vai
pagar ainda este ano o 13º salário de 2019 dos seus servidores. De acordo com o
secretário, o pagamento será feito com receitas correntes e com receitas
extraordinárias que o Estado espera obter. Segundo Aldemir Freire, com o pagamento do 13º, o ano de 2019 termina com “avanços
significativos” para o funcionalismo estadual. “Assim que assumimos, nós
dissemos que era preciso antes de mais nada estabilizar a folha e dar
previsibilidade ao servidor. E hoje nós estamos fazendo isso. Hoje temos
praticamente um calendário de pagamentos dos servidores”, afirmou o secretário,
durante entrevista a uma rádio local.
O titular da Secretaria de Planejamento e Finanças comparou o momento atual ao
mesmo período do ano passado. Nessa época, em 2018, servidores ainda estavam
recebendo a folha de outubro, sem previsão de novembro, dezembro e 13º salário
– folhas que não foram pagas integralmente até hoje. “Se antes os servidores não tinham a menor ideia de quando iam receber o
salário do mês, hoje estamos garantindo uma data na qual ele recebe. E,
provavelmente em 2020, vamos anunciar um calendário para o ano inteiro”,
afirmou Aldemir Freire. “Em 2019, nós garantimos o pagamento integral das 13 folhas. Para alguns
servidores, aliás, vamos pagar 14 folhas, já que pagamos o 13º de 2017. E ainda
queremos avançar sobre alguma parcela do passivo. Ou seja, para alguns
servidores, poderemos pagar 15 folhas. O ano de 2019 foi muito mais
significativo, estável e previsível para os servidores, e eles receberam um
volume maior de recursos que em 2018”, ressaltou Aldemir.
Se conseguir pagar o 13º salário ainda este ano, a gestão da governadora Fátima
Bezerra vai terminar o primeiro ano de administração com todas as folhas de
2019 pagas em dia. Desde que esta gestão assumiu, o pagamento tem sido dividido
em duas etapas. Na primeira, no dia 15 de cada mês, recebem os servidores que
ganham até R$ 3 mil ou R$ 4 mil e os que trabalham na segurança pública. Nesta
data, também é paga uma parcela do salário para quem ganha acima da faixa
salarial definida. No último dia útil do mês, por fim, recebem todos os demais
servidores. A quitação dos salários atrasados, porém, segue indefinida. O governo diz que
aguarda receitas extraordinárias para pagar as folhas de novembro, dezembro e o
13º salário de 2018, herdadas do governo passado. A atual gestão também assumiu
como dívida parte do 13º salário de 2017, mas já conseguiu quitar o débito
junto aos servidores.
Entre as receitas extraordinárias que o governo espera receber, está a fatia
que cabe ao RN do bônus de assinatura proveniente do megaleilão do excedente da
cessão onerosa do pré-sal, algo em torno de R$ 160 milhões. Apesar de afirmar
que o Estado pretende usar esse recurso para pagar o 13º salário ainda este
ano, o próprio Aldemir Freire afirmou que o recurso só será creditado para o
Estado em 30 de dezembro. “A gente está meio incomodado porque é o último dia bancário do ano e uma
segunda-feira. Dias 31 de dezembro e 1º de janeiro são feriados bancários. Mas
temos esses R$ 160 milhões”, afirmou o secretário, acrescentando que o Estado
vai realizar, no dia 5 de dezembro, um pregão no qual espera obter empréstimo
de R$ 180 milhões, dando como garantia royalties de petróleo e gás do período
de janeiro de 2020 a dezembro de 2022. “Continuamos em um esforço grande, diário, de obtenção de receitas
extraordinárias. As nossas receitas correntes são suficientes para a gente dar
estabilidade e pagamento regular de servidores e fornecedores. É o que a nossa
receita mensal nos permite”, completou, reforçando que o pagamento dos atrasados
defende de verbas extras.
FORNECEDORES
Segundo Aldemir Freire, além dos servidores, os fornecedores do Estado também
tiveram um 2019 melhor do que 2018. De acordo com o secretário, o Estado já
pagou, de janeiro a outubro deste ano, aproximadamente R$ 400 milhões para
essas empresas. É quase tudo o que o governo pagou no ano passado inteiro,
quando foram creditados R$ 490 milhões para fornecedores.
“A expectativa é que sejam pagos R$ 120 milhões a mais no ano inteiro, com
distribuição mais equitativa. Vamos dar um volume maior de recursos para
servidores e fornecedores e estamos distribuindo melhor esses recursos ao longo
do ano”, finalizou.