Aceitando
o convite do meu amigo Maurício Oliveira (Maurício da Baixa), estarei
escrevendo para vocês leitores, semanalmente, textos sobre temas atuais e que
despertam debates e discussões interessantes. Trataremos sobre assuntos
políticos, sociais, jurídicos, educacionais, esportivos, religiosos entre
outros.
Sendo
assim, o nosso primeiro “Ponto de Vista” relata uma questão
atual que se passa em Jardim do Seridó-RN, onde todos se perguntam o que está
acontecendo com o município que era pra ser um belo Jardim, mas, na verdade é
um Jardim de pouco desenvolvimento e trabalho.
Para
onde vai caminhar nossa cidade?
O
voto é o símbolo da participação cidadã. Ao sairmos pelas ruas da cidade,
percebemos que o assunto do momento é política, como se em algum outro momento
isso não existisse, e como se nós todos não fizéssemos parte disso. O que
podemos perceber é que existe uma grande desilusão, descrédito com quem faz a
política. Uma frase que se ouve com frequência neste período é “odeio
política”. Como chegamos a este ponto? Um país que lutou tanto pela democracia,
pelo direito ao voto e que agora passa a abominar este que é o maior símbolo da
democracia?
Existe
uma minoria privilegiada com direitos, existe o analfabetismo, a desorganização
da sociedade civil, a impunidade, a dificuldade em reivindicar nossos direitos.
Precisamos suplicar, e esperar, esperar muito. Somos um povo politicamente
pobre, pois estamos nos acostumando com tudo isso, achando que deve ser assim,
que este é o único caminho que podemos seguir. Não nos organizamos para reagir,
não lutamos para que isso se modifique. Esperamos que alguém faça isso por nós.
Este alguém possivelmente seja o político no qual depositamos o nosso voto e
esperamos que faça algo por nós.
É
bem verdade que nossa experiência com o voto ainda é muito curta, nova. No
entanto, já deveríamos ter percebido que a representatividade se faz quando nos
fazemos presentes, atuantes. Não podemos nos dar ao luxo de termos memória
curta e nem de trocarmos o nosso voto por favores pessoais, ou sacolas básicas.
Pois para memória curta se paga um alto preço: o de repetir erros. A sacola
básica é uma só. Pode durar por um mês, no máximo. No entanto o “estrago” que
um determinado político pode fazer pode durar muito, mas muito tempo mesmo, e
interferir diretamente em nossas vidas. Ao trocar o nosso voto por uma sacola
básica, estamos nos condenando a dependermos dela como um favor, uma esmola,
com a possibilidade de se tornar o “básico” em nossas vidas. Nada além de uma
sacola “básica.”.
A
política não acontece fora de nossas vidas, ela interfere diretamente nelas.
Então, é hora de parar de trocar a vida por um aperto de mão, beijo, abraço,
sorriso, sacola básica, promessas. O voto é muito importante e, através dele,
estamos construindo a história de nossa sociedade. Que esta seja uma história
da qual possamos nos orgulhar. A esperança dá brilho à vida. Para onde vai
caminhar nossa cidade? Nas eleições vamos começar a definir isto. E neste
espetáculo a juventude e renovação política são convocadas a ser ator, e não
espectador, pois nenhuma eleição é igual à outra, cada uma possui seu caráter
próprio.
Por
– Ronaltty Neri
E-mail:
ronalttyneri@gmail.com
Twitter:
@ronalttyneri

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