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quinta-feira, 31 de maio de 2012

JOSINO: “EXECUTIVO ESTÁ PERDENDO SERVIDORES PORQUE PAGA MAL”

A situação do Governo do Estado está difícil e isso quem diz não são só os opositores da atual gestão Rosalba Ciarlini. Nesta terça-feira, o procurador-geral do Estado, Miguel Josino, revelou as dificuldades para se administrar devido a deficiência financeira que o Rio Grande do Norte ainda enfrenta. E mais: revela que o Poder Executivo tem perdido cada vez mais servidores para outros órgãos do funcionalismo público devido aos baixos salários que oferece. “Nós estamos perdendo grandes servidores, atraídos pelo Ministério Público, pelo Poder Judiciário, pelo Poder Legislativo. Recentemente, por exemplo, nós perdemos téncicos extremamente gabaritados na Secretaria Estadual de Saúde Pública e Procuradoria-geral do Estado, porque como se paga muito mal e eles legitimamente vão procurar melhorias”, afirmou o procurador-geral em entrevista ao Jornal das Seis, da 96 FM. Se alguns estão deixando o serviço público estadual, outros nem mesmo chegam a aceitá-lo. Afinal, segundo o próprio Miguel Josino, não é para menos que a atual gestão tem encontrado dificuldades em conseguir secretários estaduais. “É muito difícil você hoje assumir um cargo público. Muitos secretários, mas muito mesmo, ficam receosos porque deixando a Secretaria respondem a processos judiciais.

A responsabilidade é muito grande”, afirmou. De qualquer forma, segundo Miguel Josino, o Governo do Estado tem feito um grande esforço para evitar mais perdas e, dentro desse trabalho, se inclui as auditorias nas Secretarias Estaduais, a fim de evitar os gastos desnecessários com pessoal. “Há um esforço muito grande para que consigamos sair do limite prudencial, baixar o limite prudencial, enxugar a folha”, afirmou. Nesse trabalho de revisão da folha, Miguel Josino citou o exemplo do que foi feito na Secretária Estadual de Educação, onde foram constatadas 1,7 mil situações irregulares que, cortadas, resultaram em uma economia de mais de R$ 2 milhões na folha. “Pretendemos fazer isso em outras secretarias, agora na de Saúde, onde um relatório feito pela promotora Iara Pinheiro mostrou várias distorções na questão salarial. Como por exemplo: 80% do orçamento é gasto com pessoal. Sobra 20% para custeio e praticamente 0% para investimento. Enquanto em outros estados fica em torno de 37%, 39%”, revelou. Na Saúde, inclusive, já foi possível contornar a necessidade de novas contratações unicamente fazendo um remanejamento de funcionários do quadro atual. “Há sim distorções, Abrirmos 24 leitos de UTI, no Maria Alice Fernandes, no monsenhor WG, e chegamos a um consenso que não é preciso contratar mais gente. Porque há hospitais onde a pessoas em excesso e que podem ser remanejadas para dar suporto a esses locais”.

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