O Banco Central deve manter a taxa de
juro estável na mínima histórica pelo maior período em 15 anos, após o
crescimento lento ter fracassado em desacelerar a inflação em direção à meta. O mercado de juros futuros adiou as
apostas de aumento na taxa Selic até janeiro de 2014, levando os economistas a
preverem que o Banco Central irá manter o juro em 7,25 por cento.
A economia irá crescer 3,5 por cento
neste ano, abaixo da estimativa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de 4 por
cento, enquanto a inflação acelera para 5,55 por cento, de acordo com a mediana
das estimativas compiladas pela Bloomberg. A inflação superou a meta de 4,5 por
cento por 27 meses consecutivos, enquanto o governo cortou impostos sobre
vendas, reduziu o compulsório dos bancos e fez o maior corte de juros dentre o
Grupo dos 20 no ano passado com o objetivo de estimular o crescimento.
A expansão estimada da economia
brasileira em 2012 é de 1 por cento, o ritmo mais lento entre os principais
mercados emergentes. O índice de gerentes de compras HSBC caiu de 52,2 em
novembro para 51,1 em dezembro, disse a Markit Economics ontem. A demanda do consumidor tem sido forte,
mas a indústria ainda sofre problemas de competitividade, disse Newton Rosa,
economista-chefe da SulAmérica Investimentos, em entrevista por telefone de São
Paulo. A maioria das medidas de estímulo
anunciadas até agora focaram no aumento do consumo, enquanto a indústria
enfrenta altos custos trabalhistas e impostos, disse.
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