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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

JORNALISTA PEPE DOS SANTOS MORRE AOS 72 ANOS EM NATAL

O jornalista Pepe dos Santos morreu nesta segunda-feira (10), aos 72 anos, no Hospital Antônio Prudente, a Policlínica, em Natal. O ex-repórter policial era portador do mal de Alzheimer e estava internado desde 2012. O velório começou por volta das 11h30, no Centro de Velório São José, e o sepultamento será às 17h, no Cemitério Público do Alecrim.
Eletiel Bezerra da Câmara, o Pepe dos Santos, era repórter policial e trabalhou nos principais jornais de Natal, como a Tribuna do Norte, Diário de Natal e O Grande Natal. "A história do nome é o seguinte. Ele era franzino e jogava futebol em um time de base, conhecido como Real Madrid, na mesma área do Marinho Chagas, nas Rocas. O apelido veio do ponta esquerda Pepe, do Santos FC", lembra Vanilson Julião, jornalista.

Pepe é lembrado por muitos como um dos maiores jornalistas policiais do Rio Grande do Norte. Natural de Currais Novos, ele começou na profissão na capital potiguar, como mensageiro das rádios. "Ele frequentava muito a Rádio Globo, e sempre tinha essas notas de futebol de bairro. Com isso, ele foi ganhando espaço, até pular para as notas policiais", recorda Vanilson. Os dois trabalharam juntos em diversos jornais de Natal. Outro que trabalhou com Pepe e possui diversas lembranças foi o jornalista e professor Emanoel Barreto. "Eu comecei no jornalismo trabalhando ao lado de Pepe dos Santos, em 1974. É uma perda irreparável para o nosso jornalismo. Um homem de luta, jornalista policial de referência, moldado pelos princípios daquela época, que se fazia a apuração da notícia nos relatos. Era um repórter por excelência, não era um homem de texto. Trazia para o redator, no caso eu, naquela época, para transformar a notícia. Lamento profundamente, estou muito triste", declarou.

Delegado da Polícia Civil do Rio Grande do Norte durante muitos anos, o "xerife" Maurílio Pinto de Medeiros conviveu com Pepe em diversas coberturas policiais. "Pepe era muito amigo. O irmão dele, Miguel, me ligou logo cedo para avisar do falecimento. Uma perda enorme. Ele era muito atuante, fazia tudo a pé. Foi um dos repórteres mais bem informados de todos os tempos. Pepe chegava a participar da investigação, se antecipava até mesmo à Polícia. Era muito atuante", frisa. Amigo de Pepe, o jornalista Paulo Tarcísio Cavalcanti também lamentou a falecimento. "Pepe foi o repórter policial mais dedicado que eu conheci. Ele fazia do trabalho dele um compromisso com a informação. Ele cobriu os principais acontecimentos policiais dos anos 70 até os anos 90, ele tava por dentro de tudo. Pepe tava doente há muito tempo, mais de 2 anos hospitalizado, levando quase uma vida vegetativa. Quando ele se internou em 2012, ele já estava com Alzheimer", contou.

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