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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

CCJ LIMITA EM DOIS ANOS VIGÊNCIA DE AUMENTO DO ICMS NO RN

Parlamentares consideraram inconstitucional um dos artigos do projeto
Parlamentares consideraram inconstitucional um dos artigos do projeto/Nadjara Martins

O projeto de lei que revisa as alíquotas do ICMS teve a constitucionalidade aprovada nesta manhã (14) pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, mas recebeu modificações dos deputados. No parecer da presidente da comissão e relatora do projeto, Márcia Maia (PSB), suprimiu o artigo 4º do PL por considerá-lo inconstitucional, estabeleceu prazo de 24 meses para vigência do aumento e estipulou prazo de 90 dias, a partir da aprovação, para que a majoração passe a ser cobrada.

O parecer foi aprovado a unanimidade. A emenda de temporalidade, segundo Marcia Maia, é justificada por ser "um prazo mais que razoável para que o Estado de reordene suas finanças". Este mesmo prazo, assim como a delimitação de 90 dias para a vigência da revisão, também foram colocadas  pela CCJ para a criação da progressividade do ITCMD. "É preciso que o Executivo faça um corte profundo nas contas, o que ainda não foi observado", disse ainda a relatora.

A estipulação do prazo foi comemorada pelos demais parlamentares que compõem a comissão: Hermano Morais (PMDB), Carlos Augusto Maia (PTdoB), Galeno Torquato (PSD), Kelps Lima (SDD), Albert Dickson (PROS) e Dison Lisboa (PSD), suplente de José Adécio (DEM). O artigo 4º foi suprimido por ser "eivado de inconstitucionalidade", de acordo com Maia. O artigo trata da cobrança do ICMS sobre e-commerce e, segundo a relatora, onera o consumidor no caso em que o comerciante não fizer a contribuição. "A proposta prevê a responsabilização do consumidor final, o que vai contra o estabelecido pela Carta Magna", afiançou.

Trâmite

Após a aprovação, o projeto será encaminhado para a Comissão de Finanças da Casa, presidida pelo deputado Ricardo Motta (PROS). Há expectativa de que a relatoria do PL na comissão seja designada ainda hoje. Se for acrescentada emenda nas Finanças, que discute mérito, mas não em caráter terminativo, o PL retorna à CCJ para revisão da constitucionalidade, e só então segue para o plenário, onde será analisado pelos demais parlamentares da Casa.

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