
Na mínima do dia, o dólar chegou a ser negociado por 3,99 reais(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
O dólar fechou em alta em relação ao real nesta terça-feira,
novamente pressionado pelas oscilações dos preços do petróleo e por preocupações
locais. A expectativa de estímulos econômicos na China, no entanto, limitou o
avanço. A moeda americana subiu 0,51%, a 4,05 reais, depois de descer a 3,99
reais na mínima da sessão. "O mercado abriu com bom humor por causa da China,
mas aproveitou para comprar (dólares) quando o petróleo voltou a cair", explicou
o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado. "Neste início de ano, o
dólar tem estado confortável nesses patamares, um pouco acima de 4 reais". O
contrato do petróleo Brent recuperou-se nesta terça-feira após atingir as
mínimas em doze anos, mas o contrato americano passou a cair e recuava cerca de
3% durante a tarde.
O dólar chegou a ter queda expressiva no início dos negócios,
após a economia chinesa crescer em 2015 no ritmo mais fraco em 25 anos. Os
mercados financeiros globais reagiram favoravelmente, sob expectativas de que
Pequim combata a desaceleração com novos estímulos. "Os dados da China apontam
para uma desaceleração, mas gradual, que deve ser acompanhada de mais estímulos
por parte das autoridades do país", escreveram analistas da corretora Guide
Investimentos em nota a clientes.
Operadores ressaltaram que as perspectivas para o mercado
brasileiro continuam difíceis, em meio a incertezas sobre o cenário político e
econômico local. Nesta manhã, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini,
alimentou as dúvidas do mercado ao aumentar as chances de que o BC promova um
aumento menor dos juros básicos ou até mesmo deixe-os inalterados. "Não dá para
operar pensando no médio prazo. O mercado está preso no curtíssimo prazo", disse
o operador de uma corretora internacional.
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