
A Associação dos Oficiais Militares do Estado do Rio Grande do
Norte emitiu nota oficial em que lamenta as declarações do desembargador Cláudio
Santos. Durante entrevista à 94 FM, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Norte alegou que “precisa acabar com aquele negócio de tempo de
serviço, de dinheiro para fardamento” e criticou ainda a questão da
aposentadoria dos policiais militares que, em tese, passam para inatividade
muito jovens, com cerca de 50 anos.
*Confira trecho da nota:
“Informamos ao Excelentíssimo Senhor Desembargador que
em relação a nossa aposentadoria, é preciso que se leve em conta as exaustivas
horas trabalhadas ao longo da carreira que em muito supera a de qualquer outro
trabalhador brasileiro. O exercício eficaz da profissão do policial militar
exige juventude, pois não se concebe um idoso com 60 anos fazendo segurança
pública. Pesquisas recentes comprovam que a expectativa de vida de um policial
militar é 6,8 anos menor que a do cidadão comum e que os mesmos são mais
suscetíveis a adquirir moléstias graves – físicas e psicológicas – em
decorrência da própria atividade profissional.
Além disso, os nossos direitos são bem mais restritos do que
os dos demais servidores e somos os únicos profissionais do estado que
juramos oferecer as nossas próprias vidas em defesa da sociedade. Por fim,
Senhor Desembargador, em que pese a nossa tristeza em perceber tamanha
desinformação em suas declarações, o que não se espera de uma autoridade da sua
magnitude, até gostamos da sugestão de que nosso efetivo fosse empregado apenas
8h por dia, 5 dias por semana, porém, num cálculo rápido estimamos que o nosso
efetivo para atender a sugestão de Vossa Excelência teria que aumentar para
próximo de 50.000 mil policias militares no Rio Grande do Norte. Não há nenhuma
polícia no Brasil com essa escala de serviço”.
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