
Fotos de criminosos armados, que fazem parte de uma facção, foram postadas em redes sociais (Foto: Reprodução)
Uma mulher foi atingida por uma bala perdida e morreu a caminho do hospital
na noite deste sábado (11) em Natal. O tiroteio aconteceu no conjunto Vietnã,
bairro de Santos Reis, na Zona Leste da cidade. A polícia investiga se o
confronto envolveu facções criminosas que disputam o controle do tráfico de
drogas na região. Ninguém foi preso.
A vítima foi identificada como Benigna Silva de Melo, de 47 anos. Em boletim
registrado na Delegacia de Plantão da Zona Sul, a filha relata que a mãe estava
chegando do trabalho quando houve o tiroteio. Ainda de acordo com o registro,
Benigna foi atingida no abdômen. Ela ainda chegou a ser socorrida ao hospital,
mas não resistiu ao ferimento.
A PM informou que foi chamada ao local e fez buscas pelos criminosos, mas
nenhum suspeito foi localizado. Delegado plantonista da Divisão de Homicídios e
Proteção à Pessoa, Luciano Costa disse ao G1que a DHPP vai
ficar a frente das investigações. Ele também disse que ficou sabendo, por
postagens em redes sociais, sobre a conflito entre as facções.
Guerra entre facções
Segundo a polícia, duas facções
disputam o controle pelo tráfico de drogas em Natal - ambas controladas de
dentro dos presídios do estado. A rivalidade é tanta que o sistema prisional
potiguar evita que membros de grupos diferentes ocupem uma mesma cela ou até
mesmo que sejam colocados dentro de uma mesma cadeia ou penitenciária. Este ano,
12 presos já foram mortos dentro de unidades prisionais do estado. Ano passado,
foram 28.

'Missão Japão': imagem com várias armas foi divulgada nas redes sociais logo após o confronto na comunidade (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Na noite de 27 de maio, logo após uma intensa troca de tiros
envolvendo as duas facções, o secretário de Segurança Pública e da Defesa
Social, Ronaldo Lundgren, desceu as escadarias e caminhou entre becos e vielas
da comunidade Novo Horizonte, mais conhecida como 'Favela do Japão', na Zona
Oeste da capital. Um jovem de 20 anos morreu.
Naquela mesma noite, uma fotografia que mostra sete armas de
fogo começou a circular nas redes sociais. A imagem foi atribuída ao conflito.
Com carregadores de pistola e munições, foram formadas palavras que pode-se
entender como: 'RN MISSÃO JAPÃO'. O secretário classificou a foto como "uma
propaganda interna de uma facção criminosa que não tem efeito nenhum de
intimidação". Lundgren disse também que “as facções que atuam no estado são
grupos desorganizados e fracos, e que de forma nenhuma as forças policiais
mudarão a forma de agir”. A ordem, ainda de acordo com ele, "é ir pra cima".
AK-47
Já no dia 3 deste mês, a Secretaria de Segurança Pública divulgou vídeos que mostram o momento em que policiais militares, com a ajuda de cães farejadores, encontram aproximadamente 20 quilos de drogas escondidos sob o piso de uma casa na chamada 'Favela do Mosquito' (veja ao lado). A comunidade fica no Bairro Nordeste, na Zona Oeste. O entorpecente foi descoberto durante a 'Operação Mosquito', realizada naquela manhã. Um dos objetivos da ação foi procurar pelas armas que aparecem em fotos que foram postadas em redes sociais no dia anterior. As imagens, que circularam principalmente por grupos de WhatsApp, mostram pistolas, um revólver, espingardas e um fuzil AK-47. A polícia acredita que as fotos foram postadas por uma das facções como resposta a foto das armas na favela do Japão, feita pelo grupo inimigo. Até o momento nenhuma das armas mostradas nas fotos foi encontrada.
Já no dia 3 deste mês, a Secretaria de Segurança Pública divulgou vídeos que mostram o momento em que policiais militares, com a ajuda de cães farejadores, encontram aproximadamente 20 quilos de drogas escondidos sob o piso de uma casa na chamada 'Favela do Mosquito' (veja ao lado). A comunidade fica no Bairro Nordeste, na Zona Oeste. O entorpecente foi descoberto durante a 'Operação Mosquito', realizada naquela manhã. Um dos objetivos da ação foi procurar pelas armas que aparecem em fotos que foram postadas em redes sociais no dia anterior. As imagens, que circularam principalmente por grupos de WhatsApp, mostram pistolas, um revólver, espingardas e um fuzil AK-47. A polícia acredita que as fotos foram postadas por uma das facções como resposta a foto das armas na favela do Japão, feita pelo grupo inimigo. Até o momento nenhuma das armas mostradas nas fotos foi encontrada.
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