
O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (Antônio Cruz/ABr/VEJA)
A Comissão de Ética da Presidência da República abriu por
unanimidade, nesta segunda-feira, procedimento investigativo para apurar se o
ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, violou a legislação no
caso que resultou na demissão do agora ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.
Indicado ao cargo pelo próprio Geddel, o conselheiro José Saraiva recuou do
pedido de vista que havia solicitado pela manhã e apresentou
voto pela instauração de inquérito. Em entrevista ao jornal Folha de S.
Paulo na edição do último sábado, Calero afirmou que Geddel o pressionou em
mais de uma ocasião para liberar uma obra embargada em Salvador, onde o
peemedebista tem um apartamento.
Na mesma tarde, o presidente Michel Temer afirmou por meio de
seu porta-voz, Alexandre Parola, que o ministro permanecerá no cargo. “Em
primeiro lugar, o Ministro Geddel Vieira Lima continua à frente da
Secretária-Geral da Presidência”, disse o porta-voz, confundindo o cargo de
Geddel. “O Presidente Michel Temer ressalta, adicionalmente, que todas as
decisões sob responsabilidade do Ministério da Cultura são e serão encaminhadas
e tratadas estritamente por critérios técnicos, respeitados todos os marcos
legais e preservada a autonomia decisória dos órgãos que o integram, tal como
ocorreu no episódio de Salvador”, afirmou o porta-voz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário