
Futuro de Lula nas mãos de Rosa Weber (VEJA.com/VEJA/VEJA)
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber
universalizou a ordem de depósito judicial de valores da repatriação que já
havia beneficiado os estados de Piauí e Pernambuco. Com a decisão liminar, ao
todo 23 Estados e o Distrito Federal obtiveram o bloqueio dos recursos. Na noite desta sexta-feira (11/11), a ministra decidiu conceder
aos outros entes que entraram com ação no Supremo liminares que determinam à
União depositar em conta judicial um montante superior ao valor inicialmente
destinado a essas unidades da Federação, como cota do Fundo de Participação dos
Estados (FPE) referente à arrecadação com a repatriação.
Com isso, o dinheiro arrecadado com a multa de 15% sobre os
valores legalizados dentro do programa terão de ficar depositados em juízo à
espera da decisão sobre o mérito pelo STF. O julgamento final dos processos
ainda não está marcado. Além de Piauí e Pernambuco, estão entre os litigantes
beneficiados: Distrito Federal, Rio de Janeiro, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia,
Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa
Catarina, Roraima, Pará, Rio Grande do Sul e Tocantins. Outros Estados que
também entraram com ações semelhantes foram atendidos: Acre, Ceará, Maranhão,
Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte. Após a aprovação da Lei da Repatriação, a então presidente
Dilma Rousseff vetou a possibilidade dos Estados ficarem com parte da multa,
determinando que apenas os valores arrecadados com os 15% do Imposto de Renda
cobrados sobre os recursos seriam compartilhados com Estados e municípios.
Segundo o Ministério da Fazenda, o Programa de Repatriação
arrecadou R$ 46,8 bilhões, dos quais R$ 4,026 bilhões ficaram com os Estados – o
correspondente a 21,5% do Imposto de Renda, divididos na mesma proporção do
Fundo de Participação dos Estados (FPE). Outros 24,5% são repassados às
prefeituras, por meio do Fundo de Participações dos Municípios (FPM), o
correspondente a R$ 4,214 bilhões. Se os Estados conseguirem que o Supremo
determine a divisão da multa também, esses valores dobrarão.
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