
O Presidente Nicolás Maduro determinou o fechamento da fronteira com o Brasil (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)
Engolfado em uma crise financeira, política e
institucional, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, coloca a culpa em
inimigos externos para justificar o fracasso do chavismo. A última ação
coordenada por Maduro, para desviar atenção para os problemas de seus país, foi
a de fechar a fronteira com o Brasil. No sábado, o presidente Nicolás Maduro
anunciou que a fronteira ficará fechada até o dia 2 de janeiro, de 2017.
Podendo, ainda, prorrogar esse prazo.

Pessoas tentam atravessam a ponte internacional Francisco de Paula Santander, que liga Urena, na Venezuela, e Cúcuta, na Colômbia - 18/12/2016 (George Castellanos/AFP)
O presidente venezuelano justifica a medida como necessária
para combater a ação de “máfias” que estariam enviando para fora do país milhões
de bolívares em espécie, como forma de “desestabilizar” o seu governo. A medida
impactou diretamente milhares de brasileiros que vivem na Venezuela. Até a tarde
deste domingo, uma centena de pessoas recorreram ao vice-consulado do Brasil, na
cidade de Santa Elena de Uiarén, em busca de ajuda.

Pessoas tentam atravessam a ponte internacional Francisco de Paula Santander, que liga Urena, na Venezuela, e Cúcuta, na Colômbia - 18/12/2016 (Carlos Eduardo Ramirez/Reuters)
A cidade faz fronteira com a brasileira Pacaraima (RR) e a
população das duas localidades vivem de foram integrada transitando livremente
de um lado para o outro dos postos de controle, como se ambas formassem apenas
um aglomerado urbano no extremo norte da Região Amazônica. O Itamaraty disse a
VEJA.com que a Consulado do Brasil em Caracas já tenta um acordo para garantir
que aqueles que desejem deixar a Venezuela possam atravessar a fronteira.

Pessoas tentam atravessam a ponte internacional
Francisco de Paula Santander, que liga Urena, na Venezuela, e Cúcuta, na
Colômbia - 18/12/2016 (Carlos Eduardo Ramirez/Reuters)
Enquanto isso, Maduro delira. Afirma que os serviços de
inteligência de seu país têm provas que existem galpões repletos de notas de 100
pesos. Esses depósitos de dinheiro estariam localizados na Colômbia, Brasil,
Suíça e Alemanha. Maduro chegou a dizer que as “máfias” estariam usando papel
venezuelano para falsificar dólares que invadem o mercado local.
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