
Os professores de escolas públicas e particulares já podem
comparecer aos postos de saúde para a vacinação gratuita contra o vírus da
influenza (gripe). É a novidade deste ano na campanha nacional de vacinação que
começou esta semana e prossegue até 26 de maio, tem como meta imunizar 49
milhões de pessoas.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Brasil possui 2,2 milhões de professores,
dos quais 75% estão na rede pública. O secretário de Educação Básica do
Ministério da Educação, Rossieli Soares, explica a inclusão dos professores na
lista prioritária de vacinação, assim como os idosos e as crianças: “Eles são
pessoas que circulam em todos os meios; têm contato diário com todos os alunos.
À medida que um professor adoece, todos os demais alunos passam a ser
prejudicados com a falta daquele professor. Então, pensar no acesso ao professor
é pensar na educação, na garantia e no bem-estar desse profissional, que é
fundamental para a existência da educação e para o que acontece na escola.” Para
George Castro, professor de história, a gratuidade atende a uma antiga
reivindicação da categoria e deveria, inclusive, estender-se à imunização contra
outras doenças.
“É uma ação muito positiva, já que temos contato direto com o
público”, disse. “É comum alunos gripados contagiarem o educador, que acaba
entrando de atestado médico, o que prejudica o andamento do nosso trabalho.”
Castro dá aula na Escola Classe 33, em Ceilândia, no Distrito Federal. Foi para
atender a esta demanda que o Ministério da Saúde incluiu os profissionais de
magistério entre os que recebem a vacina de graça, juntamente com gestantes,
idosos e crianças até cinco anos de idade, por exemplo. “Todos os anos,
avaliamos a necessidade de incluir novos grupos de acordo com os riscos de
adquirir a doença. Os professores estão sempre em locais fechados, o que aumenta
o absenteísmo”, informou Carla Domingues, coordenadora nacional de imunizações.
Carla Domingues informou, ainda, que estão recomendando às prefeituras avaliarem
a possibilidade de vacinações volantes, para que sejam realizadas também nas
escolas – além dos postos do Sistema Único de Saúde (SUS). A inclusão dos
professores também só foi possível graças a uma aquisição maior de vacinas este
ano – 60 milhões de doses. Em 2016 foram 54 milhões.
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