O Comitê de
Política Monetária (Copom), do Banco
Central, manteve o ritmo de cortes na taxa básica
de juros e baixou a Selic em 1 ponto porcentual, para 8,25%. A decisão foi tomada por
unanimidade. Essa é a oitava redução consecutiva desde outubro do ano passado.
Com isso, a taxa chega ao menor patamar desde julho de 2013, quando subiu a
8,50%. O resultado era esperado pelos
economistas de mercado, segundo as previsões do último Boletim Focus. Com o
novo patamar, a poupança passa
a ter nova regra para seu rendimento, que ficará inferior ao
que ocorria quando a Selic estava em 8,50%.
Os economistas do Banco Central consideram que a
economia se recupera em ritmo gradual e que o comportamento dos preços e o
cenário externo continuam favoráveis. Na manhã desta quarta-feira, o IBGE
divulgou informação de que o IPCA, índice oficial de inflação do país, acumulou
alta de 1,62% nos primeiros oito meses do ano, o ritmo mais fraco para o
período desde a criação do Plano Real, em 1994. O Copom também indicou que deverá
fazer um corte menor que 1 ponto porcentual na Selic em outubro. “Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme
esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste
momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização
monetária. Além disso, nessas mesmas condições, o Comitê antevê encerramento
gradual do ciclo”, disse a instituição em nota. Os analistas consultados pelo
Focus esperam que os juros encerrem o ano em 7,50%.
A taxa Selic
A Selic é a taxa usada como referência para definir os juros pagos em
diversos contratos do sistema financeiro, de empréstimos para a compra de
imóveis a cartões de crédito. Ela é definida em reuniões do Comitê de Política
Monetária (Copom), que é parte do Banco Central, em reuniões que ocorrem a cada
45 dias. O BC altera a taxa básica de juros para controlar a inflação, por meio
da influência que a Selic tem na oferta de dinheiro disponível no mercado.
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