
O
Centro Estadual de Educação Integral Professor João Faustino, em Pitimbu,
Natal, é um exemplo de escola onde os profissionais são obrigados a tirar
dinheiro do próprio bolso para conseguir trabalhar. A escola, que tem cerca de
120 alunos e faz parte das 18 escolas no RN que oferecem o modelo de educação
de tempo integral, foi inaugurada em março deste ano. Porém, só está
funcionando porque professores, a direção e a comunidade escolar se mobilizaram
e doaram diversos materiais.

Créditos: Laboratório não dispõe de qualquer material - Foto: Lenilton Lima
A professora de História Helen Costa conta que os
materiais da sala de professores e cozinha foram todos doados, assim como os de
limpeza e os livros que existem na escola: “Até as latas de lixo só existem
porque nós, professores, compramos. Até o piloto que a gente usa é comprado com
o nosso dinheiro”. O
centro de educação não tem ar-condicionado, nem ventiladores. Internet também
não. A biblioteca não funciona e os laboratórios não dispõem de qualquer
material. As carteiras enviadas pela SEEC demoraram a chegar, além disso, são
antigas e quebradas, oriundas de escolas desativadas. “A gente passa o dia na
escola, dois turnos, em uma situação precária”, afirma Helen. (Veja AQUI o
depoimento da professora Helen Costa)

Apesar de recém inaugurada, a quadra já apresenta infiltrações
A
nossa reportagem, quando foi produzir esta matéria, flagrou que não havia
merenda. Por isso os alunos foram liberados ao meio-dia, o que representa um
prejuízo na aprendizagem. Apesar de inaugurado em 2017 e deter boa estrutura
física, o Centro de Educação tem problemas em sua estrutura. O teto da quadra
possui algumas infiltrações, e algumas portas das salas já estão levemente
corroídas.

Material esportivo comprado pelo próprio professor de Educação Física
Além disso, de acordo com os professores, é perceptível que alguns
materiais utilizados na construção não são de qualidade. (Veja AQUI o
depoimento da diretora de aposentados do SINTE/RN, professora Marlene Moura) O
Centro de Educação Professor João Faustino é um triste exemplo dos absurdos que
os professores do Rio Grande do Norte enfrentam cotidianamente para seguir na
missão de educar.
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