
O deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) (Alexssandro Loyola/PSDB/Divulgação)
Um dos três tucanos que ainda
ocupavam ministérios no governo do presidente Michel Temer (PMDB), Antonio Imbassahy pediu nesta sexta-feira para
deixar a Secretaria de Governo. A carta com o pedido de
exoneração foi entregue ao peemedebista por Imbassahy às vésperas da convenção
nacional do PSDB que,
neste sábado, deve selar a saída do partido da base aliada. Substituto do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB)
na pasta, o tucano era responsável pela articulação política do Palácio do
Planalto no Congresso. Ele estava enfraquecido e vinha sendo boicotado por
partidos do chamado Centrão, conjunto de siglas médias que dá sustentação ao
presidente no Legislativo, desde que eclodiu a divisão interna do PSDB entre
governistas e oposicionistas.
Os deputados tucanos não apoiaram
maciçamente Temer nas duas denúncias apresentadas contra ele pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) a
partir das delações de executivos da JBS. Líderes do Centrão passaram a
condicionar à saída dos ministros do PSDB do governo a aprovação de medidas
econômicas propostas pelo Planalto no Congresso, sobretudo a reforma da
Previdência, em tramitação na Câmara. O governo ainda não tem os 308 votos
necessários à aprovação das mudanças nas aposentadorias e, nos últimos dias,
intensificou as negociações com partidos da base aliada. O Planalto quer que a
reforma seja votada ainda em 2017.
Antes de Imbassahy, no início de novembro, o também
tucano Bruno Araújo pediu exoneração do Ministério das Cidades e
foi substituído pelo deputado Alexandre Baldy (PP-GO). O PSDB ainda
está representado no primeiro escalão do governo Temer com os ministros Aloysio
Nunes Ferreira (Relações Exteriores) e Luislinda Valois (Direitos Humanos). No final do mês passado, a saída
de Antonio Imbassahy do cargo havia sido dada como certa e ele seria substituído na pasta pelo deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS),
membro da tropa de choque de Temer no Congresso. O nome de Marun chegou a
ser confirmado pelo perfil do Palácio do Planalto no Twitter,
mas, após o vazamento da informação da substituição, o presidente voltou atrás.
Nenhum comentário:
Postar um comentário