A Confederação Nacional de Municípios (CNM), por
meio de seu presidente, Paulo Ziulkoski, está em contato permanente com a
cúpula do governo federal pressionando pelo imediato pagamento do Apoio
Financeiro aos Municípios (AFM). Até o momento, o aporte de R$ 2 bilhões não
entrou nas contas municipais e ainda não há previsão para a data de pagamento.
O movimento municipalista manifesta a inconformidade com as constantes
burocracias criadas que emperram a concessão do auxílio anunciado em novembro
de 2017. Compromisso este reiterado publicamente pelo
presidente da República, Michel Temer, em pelo menos três eventos diferentes.
Uma vez sancionado pelo Palácio do Planalto, resta os três Ministérios - Saúde,
Assistência Social e Educação - publicarem uma portaria autorizando o pagamento
aos Municípios. Essa informação foi repassada nesta segunda-feira, às 15h, pelo
ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, em contato com Ziulkoski. Em seguida,
foi a vez do ministro da Saúde, Ricardo Barros, entrar em contato com o
presidente da Confederação para informar que a portaria está em elaboração para
pagamento imediato de R$ 1 bilhão para a área.
Do gabinete do ministro do Desenvolvimento Social,
Osmar Terra, o assessor Rogério Nardelli também entrou em contato, assim
como o gabinete do ministro da Educação, Mendonça Filho. Uma vez que não foi
possível contato direto com os ministros, eles informaram que as portarias
também estavam em construção para o pagamento dos R$ 400 milhões e R$ 600
milhões, respectivamente. “A CNM sabe que as autoridades têm conhecimento da dramática situação da
maioria dos Municípios e espera que o governo cumpra o que já está previsto em
lei. Este tema se tornou extremamente cansativo para os gestores e essa falta
de cumprimento faz com que não se possa confiar na palavra do governo federal.
A situação fica a cada dia mais insustentável e os prefeitos não aceitam novos
adiamentos”, afirma Ziulkoski. Para a Confederação, fica claro que o governo
patina e não resolve a situação. O AFM é pauta da reunião do Conselho Político
da CNM convocada para o dia 4 de abril, oportunidade em que serão definidas,
pelos presidentes das entidades estaduais e microrregionais, novas ações
referentes ao aporte e a outros temas de interesse dos Municípios.
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