
Um
levantamento realizado pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte –
FEMURN e respondido por 92 cidades potiguares aponta que 63,04% dos municípios
estão com os salários dos funcionários em dia. Já 36,96% das Prefeituras
admitem que atualmente há atraso no pagamento de salário dos servidores. Em relação
ao décimo terceiro salário, que deve ser pago até o próximo dia 20 de dezembro,
59,78% das Prefeituras municipais do RN garantem que vão honrar o compromisso,
enquanto 11,96% afirmam que não vão pagar no prazo.
Outras 14,14% das gestões
disseram que ainda não sabem se vão conseguir pagar o benefício aos servidores
no prazo. 1,09% já pagaram o salário extra a seus servidores neste final de
ano. 13,05% das gestões não responderam ao questionamento. Também em
relação ao décimo terceiro, a Federação questionou às gestões municipais sobre
a antecipação do benefício. 32,60% informaram que não anteciparam o décimo. Já
outras 32,60% das prefeituras anteciparam parte do benefício no meio do ano.
Por sua vez, 25% das prefeituras pagam o décimo de acordo com o mês de
aniversário dos servidores. 1,08% das gestões considerou o décimo terceiro como
já pago aos servidores. O questionamento não foi respondido por 8,69% das
prefeituras.
Na
avaliação do Presidente da FEMURN e Prefeito de São Paulo do Potengi, José
Leonardo Cassimiro, os números retratam as dificuldades das Prefeituras para
com os pagamentos dos servidores: “Quase 37% das nossas Prefeituras estão com
atrasos de salários. Isso é prejudicial aos servidores, à população e as
cidades de maneira geral. Certamente é reflexo da economia que ainda está fraca,
e afeta o lado mais frágil do pacto federativo, que são os municípios”, afirma. Ainda
segundo o Prefeito, os poucos recursos recebidos pelos municípios é um fator
preocupante: “A crise está aí, e tem se intensificado cada vez mais. As
responsabilidades, como reajustes dos salários e das contas públicas, só
aumentam, enquanto os repasses não seguem esses aumentos. Os gestores já
cortaram de onde podiam, há muito tempo. Hoje, nós prefeitos vivemos em um
verdadeiro sufoco apenas para dar conta do básico, e mesmo assim com muita
dificuldade”, lamenta José Leonardo.
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