O mexicano Juan Corona, que chegou a ser
considerado o maior serial killer da história dos Estados Unidos, morreu na
segunda-feira, 4, aos 85 anos. "O Assassino da Machete" cumpria pena
perpétua na Califórnia, estado norte-americano onde foi condenado, em 1971, por
25 homicídios e ocultação dos cadáveres das vítimas. O comunicado foi feito pelo Departamento de
Correção e Reabilitação da Califórnia. Corona, que cumpria sentença na
penitenciária de Corcoran, estava hospitalizado e "morreu de causas
naturais", mas maiores detalhes não foram revelados. Imigrante nos EUA, Corona trabalhava como empreiteiro
de mão-de-obra agrícola. A maioria das vítimas do serial killer eram
trabalhadores rurais contratados por ele mesmo e que acabavam esfaqueados. A
prática rendeu o apelido de "O Assassino da Machete", por causa do
uso desse tipo de faca de cortar matagal para cometer os homicídios.

Corona foi preso depois de um fazendeiro de
pêssego, que contratou o mexicano para recrutar empregados, suspeitar de um
buraco na propriedade, que parecia ter sido fechado havia pouco tempo. O
agricultor chamou as autoridades porque achava que haviam invadido o pomar dele
para enterrar lixo, mas policiais encontraram um homem morto, que teve a cabeça
cortada e o corpo perfurado por facadas. Corona foi preso uma semana depois do aparecimento
do corpo da primeira vítima. Buscas subsequentes revelaram mais 24 pessoas
enterradas, em localidades diversas, que haviam sido assassinadas pelo serial
killer, entre elas muitas que foram contratadas pelo empreiteiro. Em 1971, a Justiça da Califórnia condenou Corona a
25 prisões perpétuas, uma para cada assassinato comprovado. Suspeitas de mais
homicídios cometidos por ele nunca foram confirmadas. O sentenciado quase
morreu dois anos depois do julgamento, quando foi esfaqueado dentro de uma
prisão, incidente que custou a ele a perda da visão do olho esquerdo.
O julgamento de Corona chegou a ser anulado em
1978, por alegação de que, quando réu, ele não havia recebido um atendimento
legal adequado por parte do advogado. O serial killer permaneceu encarcerado
até o fim de um novo processo aberto, que também resultou na condenação a 25
prisões perpétuas. Corona teve oito pedidos de liberdade condicional
negados pela Justiça da Califórnia, o último deles em 2016. "Tratava-se de
um assassino brutal. Ele esfaqueou pessoas até matá-las", disse à AP a
promotora do condado de Sutter, Amanda Cooper, para justificar a recusa à
requisição do sentenciado, há três anos.
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