A Câmara dos Deputados
retoma nesta semana as audiências temáticas da comissão especial que analisa a
Proposta de Emenda à Constituição da reforma da Previdência (PEC 6/19). Entre
os temas estão o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o abono salarial, a
aposentadoria do trabalhador rural e de categorias com critérios diferenciados
como professores, policiais e magistrados. Para debater o BPC e abono
salarial que acontece na terça-feira, 21, o colegiado convidou o
assessor-chefe-adjunto da Presidência da República, Arthur Bragança Weintraub,
o professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp),
Pedro Rossi, a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
Luciana Jaccoud, e o diretor de programa na Secretaria Especial de Previdência
e Trabalho, Leonardo Rangel.
A aposentaria do
trabalhador rural será discutida na quarta-feira, dia 22, com o secretário
especial adjunto de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, com a advogada Jane
Lúcia Berwanger, representante Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário
(IBPD) e com representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (Contag). As categorias com critérios
diferenciados de aposentadoria serão debatidas na quinta-feira, dia 23, com o
secretário adjunto de Previdência no Ministério da Economia, Narlon Gutierre
Nogueira, e com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimento de Ensino (Contee), Gilson Reis.
Reforma
tributária
Em paralelo à discussão
sobre a mudança nas regras de aposentadoria dos trabalhadores, deputados também
analisarão o texto da reforma tributária (PEC 45/19). Ainda na quarta-feira, a
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara deve votar o relatório sobre a
admissibilidade da PEC. O deputado João Roma (PRB-BA), relator do texto,
apresentou seu parecer na semana passada.
A proposta institui Imposto
sobre Operações com Bens e Serviços (IBS) que substitui três tributos federais
– IPI, PIS e Cofins -, o ICMS, que é estadual, e o ISS, municipal. Todos eles
incidem sobre o consumo. O IBS será composto por três alíquotas – federal,
estadual e municipal; e União, estados e municípios poderão fixar diferentes
valores para a alíquota do imposto.
Plenário
Segundo o líder do governo
na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), o governo e o partido têm trabalhado para
construir um consenso e viabilizar a votação de três medidas provisórias no
plenário esta semana, entre elas, a MP 870/19 da reforma administrativa. A comissão mista que
analisou a reforma administrativa introduziu modificações no texto, como a que
retira o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da
Justiça e Segurança Pública para transferi-lo de volta ao Ministério da
Economia.
Segundo o líder, o partido
tentará manter o Coaf no Ministério da Justiça na votação em plenário. “Os
deputados do PSL decidiram não apoiar essa mudança no Coaf. Tem um peso
simbólico muito grande e uma questão jurídica envolvida em termos de
facilitação de combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e
à corrupção”. Para não expirar, o texto de conversão da medida provisória
precisa ter a votação concluída nas duas Casas até o dia 3 de junho. Já a MP 863/18, que
autoriza até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas com sede no
Brasil, precisa ser aprovada pelo Congresso até dia 22 de maio para não perder
a validade. Outra MP citada por Major
Vitor Hugo é a 866/18 que cria a Brasil Serviços de Navegação Aérea S.A. (NAV
Brasil). A MP autoriza o Executivo a implementar a NAV Brasil, em decorrência
da cisão parcial da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
FONTE: Agência Brasil
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