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sábado, 8 de junho de 2019

GOVERNO RN 2019: FÁTIMA TEM TRÊS ASES NA MÃO E UM CORINGA NA MANGA

POR LUCIANO KLEIBER
Em que pese o fato de alegar não ter assinada nenhum documento aderindo à Reforma da Previdência, a governadora Fátima Bezerra sabe que esta adesão é uma das tábuas de salvação do seu governo. E vai conduzir – claro que da melhor forma do ponto de vista político – o estado para ela. Para alívio de todos os potiguares. A segunda tábua de salvação está no já quase famoso Plano Mansueto (alusão ao secretário de Tesouro Nacional, Mansueto Almeida). Antes inatingível para o Rio Grande do Norte, por exigir medidas de ajustes que, necessariamente passavam pela redução de pessoal, um ponto no qual a governadora não quer nem ouvir falar, agora o projeto de socorro aos estados menos endividados está muito mais próximo de ser exequível por aqui.

Acontece que, como forma de afagar os governadores e as bancadas estaduais por tabela, o presidente Bolsonaro determinou a flexibilização das exigências para adesão ao dito plano – que, entre outras coisas, deverá permitir que o Rio Grande do Norte capte cerca de R$ 1,2 bilhão em empréstimos, com o aval da União, ao longo de três anos e meio. Das oito exigências impostas, basta, agora, que o estado cumpra três. E por aqui, já atingimos o número mágico. A definição de um teto de gastos (já muito bem encaminhada na Assembleia Legislativa); a distribuição canalizada de gás (que a Potigás já faz com maestria e em ritmo crescente); e a redução de incentivos fiscais em 10% a partir de 2020 são os três ases na mão da governadora Fátima. 

O coringa na manga é unificação da gestão financeira do estado que, na prática, iria obrigar Fátima a negociar com os chefes dos demais poderes (Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e Ministério Público) para que os seus orçamentos passassem a constar do sistema de gestão financeiro do Governo do Estado como, aliás, era há cerca de doze anos. Uma negociação complexa, mas que tem chances de ser vitoriosa, até porque, a governadora poderia, muito bem, colocar na conta dos poderes um eventual fracasso na obtenção dos recursos salvadores do plano Mansueto.

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