Após 20 reduções
consecutivas, a estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia
subiu ligeiramente. É o que mostra o boletim Focus, resultado de pesquisa
semanal a instituições financeiras, feita pelo Banco Central(BC) e divulgada às
segundas-feiras, pela internet.
A projeção para a expansão
do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos
no país - desta vez passou de 0,81% para 0,82%. A expectativa das
instituições financeiras é que a economia tenha crescimento maior em 2020. A
estimativa é 2,10%, a mesma da semana passada. A previsão para 2021 e 2022
permanece em 2,50%.
Inflação
A estimativa de inflação,
calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de
3,82% para 3,78% este ano. A meta de inflação de 2019,
definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é 4,25%, com intervalo de
tolerância entre 2,75% e 5,75%.
A projeção para 2020
permanece em 3,90%. A meta para o próximo ano é 4%, com intervalo de tolerância
1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, o centro da meta
é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Para 2022,
a meta é 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A previsão do mercado financeiro para a inflação em 2021 segue em 3,75%. A
estimativa para 2022 caiu de 3,75% para 3,65%.
Taxa básica de juros
Para alcançar a meta de
inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de
juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano. Ao final de 2019, as
instituições financeiras esperam que a Selic esteja em 5,5% ao ano, a mesma
perspectiva há 3 semanas. Para o fim de 2020, a
expectativa para a taxa básica caiu de 6% para 5,75% ao ano, e, no fim de 2021,
permanece em 7% ao ano.
Para 2022, a previsão caiu de 7,5% para 7% ao ano. Quando o Copom reduz a
Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção
e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade
econômica. Quando o Comitê de Política
Monetária (Copom) aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e
isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança.
Dólar
A previsão para a cotação do
dólar ao final deste ano caiu de R$ 3,80 para R$ 3,75% e para 2020, permanece
em R$ 3,80.
Edição: Valéria Aguiar
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