O governo federal irá ampliar
o voucher para trabalhadores informais de R$ 200 para R$ 300 por mês,
informou o secretário de Política Econômica do ministério da Economia, Adolfo
Sachsida, nesta quarta-feira (25). A medida foi anunciada na
semana passada como parte do plano da equipe do ministro Paulo Guedes para
combater os impactos econômicos do coronavírus. O benefício vale para a parcela
da população que não tem trabalho formal e não recebe recursos de programas
como Bolsa Família e BPC (Benefício de Prestação Continuada). Segundo Sachsida, a ampliação
do benefício será anunciada ainda esta semana, junto a novas medidas para
amenizar os efeitos da paralisação do país na economia. “Precisamos evitar que um
choque transitório se torne um choque permanente”, disse o secretário em
videoconferência da Necton Investimentos.
De acordo com Sachsida, as
medidas econômicas serão adotadas aos poucos, por terem uma margem pequena para
erros, com poucos recursos à disposição. “Temos pacotes muito
diferentes de Europa e EUA, que tem pacotes trilionários. É difícil
para nós fazer um grande anúncio porque, se errarmos, não temos outro. Esses
países têm como errar porque têm dinheiro para mais, têm uma situação fiscal
mais sólida", disse Sachsida. Devido ao aumento de gastos
com o coronavírus, o Brasil não vai cumprir a meta fiscal em 2020, com o aumento
do déficit primário. “Toda semana fazemos um
anúncio pelo grau de incerteza dessa crise, não sabemos a duração exata do
coronavírus.
Prudência é importante. Se gastarmos tudo agora e [a pandemia]
durar quatro meses, o que faremos no quarto mês?”, afirma Sachsida. O secretário disse ainda que
confia no presidente, em meio a críticas de diversos setores ao presidente
Jair Bolsonaro pelas declarações em relação à crise. Na noite de terça (24),
Bolsonaro defendeu, em pronunciamento, o fim do isolamento, chamado por ele de
confinamento em massa, e a reabertura de escolas e comércio. Se adotadas, as
medidas irão na contramão de dezenas de países ao redor do mundo e de
recomendações de especialistas.
FONTE: Folha.
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