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quinta-feira, 26 de março de 2020

BRASIL: GOVERNO VAI AMPLIAR AJUDA EM DINHEIRO PARA TRABALHADORES INFORMAIS; VEJA VALORES


O governo federal irá ampliar o voucher para trabalhadores informais de R$ 200 para R$ 300 por mês, informou o secretário de Política Econômica do ministério da Economia, Adolfo Sachsida, nesta quarta-feira (25). A medida foi anunciada na semana passada como parte do plano da equipe do ministro Paulo Guedes para combater os impactos econômicos do coronavírus. O benefício vale para a parcela da população que não tem trabalho formal e não recebe recursos de programas como Bolsa Família e BPC (Benefício de Prestação Continuada). Segundo Sachsida, a ampliação do benefício será anunciada ainda esta semana, junto a novas medidas para amenizar os efeitos da paralisação do país na economia. “Precisamos evitar que um choque transitório se torne um choque permanente”, disse o secretário em videoconferência da Necton Investimentos.

De acordo com Sachsida, as medidas econômicas serão adotadas aos poucos, por terem uma margem pequena para erros, com poucos recursos à disposição. “Temos pacotes muito diferentes de Europa e EUA, que tem pacotes trilionários. É difícil para nós fazer um grande anúncio porque, se errarmos, não temos outro. Esses países têm como errar porque têm dinheiro para mais, têm uma situação fiscal mais sólida", disse Sachsida. Devido ao aumento de gastos com o coronavírus, o Brasil não vai cumprir a meta fiscal em 2020, com o aumento do déficit primário. “Toda semana fazemos um anúncio pelo grau de incerteza dessa crise, não sabemos a duração exata do coronavírus. 

Prudência é importante. Se gastarmos tudo agora e [a pandemia] durar quatro meses, o que faremos no quarto mês?”, afirma Sachsida. O secretário disse ainda que confia no presidente, em meio a críticas de diversos setores ao presidente Jair Bolsonaro pelas declarações em relação à crise. Na noite de terça (24), Bolsonaro defendeu, em pronunciamento, o fim do isolamento, chamado por ele de confinamento em massa, e a reabertura de escolas e comércio. Se adotadas, as medidas irão na contramão de dezenas de países ao redor do mundo e de recomendações de especialistas.

FONTE:  Folha.

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