Antigo defensor da reforma da previdência, José Dias agora é contra (Foto: João Gilberto)BRUNO BARRETO
Ao longo da semana oposição e
situação discutiram no plenário da Assembleia Legislativa assuntos relativos à
proposta de reforma da previdência estadual. Parte da oposição é favorável a
matéria. Após anunciar que vota a favor da
reforma, o deputado estadual Kelps Lima (SD) não deixou de criticar a proposta.
O parlamentar acrescentou que três emendas construídas em discussão com os
sindicatos serão apresentadas. “Queremos as emendas aprovadas ou não ficaremos
no plenário para aprovar a Reforma da Previdência. O governo optou pela
truculência. Se tivéssemos participando com protagonismo na comissão especial,
seria outro tom”, avaliou.
Em outra discussão, o deputado
Bernardo Amorim (Avante) reconheceu que a reforma é injusta, mas necessária. “A
reforma é necessária e injusta porque penaliza pessoas que não tem culpa no
cartório e estão sendo penalizados, como os aposentados que já deram a sua
contribuição. Mas ela é extremamente necessária para o RN”, declarou. Para Gustavo Carvalho (PSDB) a
reforma é mais dura que o esperado. “As contradições são tantas que a Reforma
encaminhada para essa Casa chega a ser mais dura que a reforma aprovada em São
Paulo”, analisou.Outrora defensor da reforma da
previdência estadual, José Dias (PSDB) agora é contra: “A governadora é de uma
escola totalitária, que admira ditadores como Fidel Castro, Maduro e defende o
controle da sociedade por um grupo político que se diz de esquerda.
Ela está
dentro do grupo totalitário e manda uma emenda para esta Casa que aqui nesse
momento não vamos discutir critério de valor, porque não chegamos nesse ponto e
não querem que cheguemos a isto, a discutir os méritos da proposta”. A principal reação governista partiu
do deputado Francisco do PT que apontou contradição entre os colegas de
oposição. “Agora aqui no ano passado deputados da oposição cobravam em alto e
bom som que a governadora Fátima Bezerra (PT) tinha que mandar a reforma para a
Assembleia Legislativa”, disparou. “Disseram que o Governo tinha que ter
coragem e agora aparecem aqui como ‘neosindicalistas’ se posicionando como se a
reforma não fosse necessária”, complementou.
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