
Após uma sequência de cortes, a Petrobras aumentará
em 12% o preço da gasolina em duas refinarias a partir desta quinta (7). É o
primeiro reajuste positivo desde o início da pandemia do novo coronavírus, que
derrubou as vendas de combustíveis e as cotações do petróleo no mundo. Após o reajuste, o litro da gasolina será vendido
pelas refinarias da estatal, em média, a R$ 1,02, voltando ao patamar acima de
R$ 1 pela primeira vez em mais de três semanas.
Com 11 cortes antes do reajuste
desta quinta, o preço do produto ainda acumula queda de 50% no ano. O repasse do reajuste ao consumidor depende de
políticas comerciais de postos e distribuidoras. Segundo a Petrobras, o valor
de venda da gasolina em suas refinarias equivale a 18% do preço final do
produto -o restante é composto por impostos e margens de distribuidores e
revendedores. O preço do diesel ficará inalterado. Acompanhando a
queda das cotações internacionais do petróleo após o início da pandemia, a Petrobras
já reduziu em 38% o valor de venda do combustível em suas refinarias em 2020.
O anúncio de aumento do preço da gasolina ocorre
após leve recuperação da cotação internacional do petróleo Brent, referência
mundial de preços negociada em Londres, que chegou nesta semana a bater a casa
dos US$ 30 (R$ 170) por barril pela primeira vez depois de um mês. No mercado americano, que vem sendo fortemente
afetado pelo excesso global de petróleo, a gasolina também interrompeu a
sequência de quedas das últimas semanas. Segundo a EIA (agência de estatísticas
do Departamento de Energia dos EUA), o preço ao consumidor subiu 1% na semana
passada. O repasse ao consumidor da série de cortes de
preço, até o momento, foi de 13,7%. Segundo a ANP (Agência Nacional do
Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o litro da gasolina era vendido na semana
passada a R$ 3,929, em média, no país.
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