
Na tarde de quinta-feira (18)
foi de discussão acerca do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) pelos deputados
que compõem a comissão de Educação, Ciências e Tecnologia da Assembleia
Legislativa. A discussão virtual contou com a participação da governadora
Fátima Bezerra, prefeitos, gestores, representantes de professores e
estudantes. O foco principal do grupo foi a cobrança pela aprovação de Proposta
de Emenda Constitucional (PEC) que tratmita no Congresso Nacional e trata sobre
o fundo. O Fundeb é um fundo especial,
de natureza contábil e de âmbito estadual, formado, na quase totalidade, por
recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados, Distrito
Federal e municípios, vinculados à educação por força do disposto no art. 212
da Constituição Federal. Além desses recursos, ainda compõe o Fundeb, a título
de complementação, uma parcela de recursos federais, sempre que, no âmbito de
cada Estado, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente.
Independentemente da origem, todo o recurso gerado é redistribuído para
aplicação exclusiva na educação básica. Apesar da importância, os deputados
falaram sobre o risco que corre a ferramenta que contribui com a educação
básica brasileira.
Criado para garantir os
investimentos na educação básica, o Fundeb vence no dia 31 de dezembro deste
ano. Por isso, segue a discussão acerca da aprovação da PEC que determina o
funcionamento do fundo de maneira permanente, além de modificar os percentuais
destinados pela União para manutenção. Atualmente, o Governo Federal tem
participação em 10% dos recursos do Fundeb. Há a defesa para que esse
percentual seja ampliado gradativamente, até que se chegue a um percentual de
pelo menos 20%, havendo ainda quem proponha que o percentual seja de até 30%. O
maior temor dos participantes da reunião na comissão de Educação da Assembleia
é que a proposta não seja votada antes do fim da vigência do atual Fundeb. “Se não for votada a PEC não sabemos
qual será o futuro da educação básica do país. Finanças de estados e municípios
entrarão em colapsos, pisos ficarão comprometidos e é importante que tenhamos a
mobilidação para falar com nossos representantes no Congresso e defendam a
garantia de manutenção do fundo”, disse o presidente da comissão, Francisco do
PT.
Os deputados Hermano Morais
(PSB) e Eudiane Macedo (Republicanos), também membros da comissão, enalteceram
a iniciativa de se debater o tema e cobraram que os representantes da bancada federal
potiguar e a sociedade civil organizada pressionem pela aprovação da PEC. “É um assunto importantíssimo
e precisamos cobrar a garantia de que o Fundeb não vai acabar. Sabemos da
necessidade do fundo para financiar a educação básica em todo o estado e, por
isso, parabenizo a iniciativa do deputado Francisco em viabilizar a discussão”,
disse Hermano Morais. “Acabar o Fundeb nós não vamos permitir porque isso é
aumentar a desigualdade social. Tem que ser permanente porque não pode ser uma
política de governo, e sim uma política de estado”, defendeu Eudiane Macedo.
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