A Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Norte (Seec) ainda
não tem uma previsão para o retorno das aulas presenciais nas escolas estaduais
do RN. Já as aulas remotas estão sendo realizadas desde o primeiro dia de
fevereiro. Na segunda-feira 1º, a pasta se reuniu com o Ministério Público e a
Defensoria Pública para discutir o início do ano letivo no formato híbrido
(remoto e presencial). A Seec se comprometeu a avaliar as adequações que foram
realizadas nas escolas. Essa decisão seguiu o exemplo de outros estados que
também decidiram retomar as atividades ainda de forma remota até que as condições
sanitárias da pandemia da Covid-19 estejam adequadas para a segurança dos
estudantes e dos profissionais da educação. A Seec informou ao Agora RN que o
Governo do Estado está preparando as escolas para o retorno e que, na última
semana, mais de R$ 5 milhões foram depositados nos caixas escolares para a
realização dos serviços necessários para a adoção das medidas sanitárias
recomendadas.
Preocupados com a situação escolar no estado, representantes da
União dos Dirigentes Municipais de Educação do RN (Undime) e da Federação dos
Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), se reuniram na última terça-feira
2, para discutir estratégias de retomada das atividades escolares de forma
híbrida. A reunião serviu para definir recomendações sobre o retorno das aulas
nos municípios potiguares. A Undime pediu que a Femurn reforce a orientação aos
prefeitos, para dar maior celeridade na organização e aplicação dos protocolos
de biossegurança nas estruturas das instituições. De acordo com o presidente da
Undime, Alexandre Soares, essa medida é extremamente importante para evitar a
evasão escolar dos estudantes e garantir o retorno gradual e seguro das
atividades. “Os estudantes estão há muito tempo longe do ambiente escolar; e é
a escola o lugar onde o processo de ensino-aprendizagem consegue ser mais
harmônico, e menos desigual. Além disso, com o fim do auxílio emergencial
muitas crianças estão desassistidas”, argumentou.
Ainda de acordo com um
levantamento da Undime, dos 167 municípios potiguares, nove retomaram as atividades
no formato híbrido; 62 retornaram de forma remota; e as outras 97 podem iniciar
o ano letivo em formato remoto ou híbrido até abril deste ano. O que estava
previsto no calendário No fim de novembro do ano passado, o Governo do Estado
havia definido oficialmente uma data para o retorno das aulas presenciais na
rede estadual de ensino, que seria 1º de fevereiro de 2021. Até esta data, a
gestão se comprometeu a adotar uma série de medidas de segurança contra a
propagação da Covid-19. Na ocasião, a governadora Fátima Bezerra (PT) assinou o
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), junto ao Ministério Público (MPRN) e
Defensoria Pública do Estado (DPE/RN). O documento assinado prevê as medidas
que devem ser estabelecidas para uma retomada segura, tanto para os alunos
quanto para os professores e demais profissionais envolvidos. Apesar do
comprometimento, o início das aulas presenciais na rede estadual não aconteceu
na data marcada. A governadora alertou no que isso poderia acontecer quando
assinou o TAC, pois o retorno das aulas, estaria condicionado ao cenário
epidemiológico do coronavírus, que se tratava de uma previsibilidade de
retorno, e não de uma decisão definitiva.
Retorno às aulas presenciais em Natal
Em Natal, conforme definido, pela Secretaria Municipal de Educação, o retorno
das atividades escolares, de forma remota, iniciam no dia 18 de fevereiro. As
aulas serão retomadas, num primeiro momento, para as escolas de Ensino
Fundamental (anos iniciais e finais) e Centros Municipais de Educação Infantil (etapa
da Pré-Escola). De acordo com a secretária da pasta, a professora Cristina
Diniz, a Secretaria recebeu orientação do Comitê Científico da Prefeitura do
Natal para observar, por mais 15 dias, a taxa de contágio da Covid-19, para
decidir sobre um retorno presencial, que está previsto para março. A Secretaria
de Educação confirmou que já adquiriu EPIs, totens, lavatórios, material de
limpeza e higiene para uso dos profissionais das unidades de ensino, assim como
dos estudantes da Rede Municipal. “Já estão prontos os materiais educativos,
como cartazes, para divulgação das normas necessárias à não propagação do
vírus”, frisou a secretária Cristina.
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