O Programa de Regularização Fundiária e Melhoria Habitacional, que integra as ações do Casa Verde e Amarela, já conta com a adesão de 892 municípios brasileiros (dados de 15/4/21). Além disso, outras 621 cidades iniciaram o cadastro no programa do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que visa regularizar mais de 100 mil imóveis de famílias de baixa renda até o fim de 2021, dos quais cerca de 20 mil também receberão adequações para garantir uma moradia digna. “Nossa premissa máxima é garantir moradia digna. Se a família já tem o seu terreno e o imóvel construído, mas que é precário, vamos apoiá-la com a reforma. Há, ainda, muitas pessoas que vivem em lotes irregulares e, por isso, não conseguem melhorar seu imóvel. Nesse caso, apoiaremos com a regularização”, explica o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
A regularização fundiária vai
enfrentar um problema histórico no País e possibilitar o acesso ao título que
garante o direito real sobre o lote das famílias, oferecendo segurança
jurídica, a redução dos conflitos fundiários, a ampliação do acesso ao crédito,
o estímulo à formalização de empresas e o aumento do patrimônio imobiliário do
País. Serão contempladas áreas ocupadas, majoritariamente, por famílias de
baixa renda que vivem em núcleos urbanos informais classificados como de interesse
social. Não poderão ser incluídas casas localizadas em áreas não passíveis de
regularização ou de risco.
Já a melhoria habitacional
consiste na reforma ou ampliação do imóvel, enfrentando problemas como
deterioração, falta de banheiro, cobertura ou piso, instalações elétricas ou
hidráulicas inadequadas e adensamento excessivo de moradores, entre outros.
Poderão ser beneficiadas famílias com renda mensal de até R$ 2 mil. É
necessário estar no CadÚnico do Governo Federal, não possuir outros imóveis no
território nacional e o proprietário ser maior de 18 anos ou emancipado.
De acordo com dados da
Fundação João Pinheiro (FJP), ano base 2020, cerca de 24,9 milhões de moradias
foram consideradas inadequadas em todo o País e 3,5 milhões precisam ser
regularizadas.
Processo de adesão
Após a adesão dos municípios,
as empresas privadas poderão selecionar o núcleo urbano informal, que deverá
receber anuência do poder público local, além de propor, junto com a prefeitura
municipal, a estratégia de regularização fundiária. Em seguida, as propostas serão
analisadas pelo MDR e as que forem selecionadas deverão ser apresentadas ao
agente financeiro habilitado para análise de viabilidade técnica, jurídica e
econômico-financeira, visando contratação da operação de financiamento, a ser
repassado à família beneficiada a valores altamente subsidiados. O Programa
será operado inicialmente com recursos privados do Fundo de Desenvolvimento
Social (FDS), mas há previsão de que a União venha a fazer aportes
orçamentários no futuro.
Após a contratação das operações de regularização fundiária, o Distrito Federal e os municípios selecionarão as famílias que receberão obras de melhoria habitacional, conforme procedimentos e critérios de enquadramento e priorização estabelecidos pelo MDR. “Este programa tem como fundamento o apoio ao município, pois é ele que conhece as áreas prioritárias. Isso será relevante para a própria cidade, porque todo o trabalho pressupõe estudos, trazendo mais condições para que os gestores públicos possam elaborar políticas públicas para a população”, afirmou o secretário Nacional de Habitação do MDR, Alfredo dos Santos. Dúvidas sobre o Programa devem ser encaminhadas à Ouvidoria do MDR por meio deste link. Pela ferramenta, será possível acompanhar o andamento da demanda, prazo de atendimento, bem como registrar recursos, reclamações e consulta às respostas já recebidas.
Casa Verde e Amarela
Lançado em agosto de 2020, o
Programa Casa Verde Amarela tem como meta atender 1,2 milhão de famílias até o
fim de 2022. Além da regularização fundiária e melhoria habitacional, a
iniciativa inclui também produção ou aquisição financiada ou subsidiada de
imóveis novos ou usados em áreas urbanas ou rurais, locação social de imóveis
em áreas urbanas e urbanização de assentamentos precários.
*A adesão pode ser feita neste link.
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