A Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira, 30/04, que acionará
bandeira vermelha em seu primeiro patamar no mês de maio. Com isso, a conta de
luz dos consumidores ficará mais cara a partir do próximo mês, com cobrança de
taxa adicional de R$ 4,169 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Desde janeiro, vigorou a bandeira amarela, cuja cobrança é de R$ 1,343 a cada 100 kWh. Em nota, a agência explicou que o mês de abril marcou o fim do período de transição entre as estações de chuva e seca nas principais bacias hidrográficas do sistema elétrico. O nível dos reservatórios é o pior já registrado, desde 1931. “Em maio, inicia-se o período seco, com os principais reservatórios apresentando estoques reduzidos para essa época do ano”, diz a nota. O cenário, segundo a agência, sinaliza piores condições para geração de energia hidrelétrica e a maior necessidade de acionar usinas térmicas, que geram energia mais cara.
Criado pela Aneel,
o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada,
possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O funcionamento
das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos
patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das
condições de geração.
Novos valores
Em março, a agência reguladora
propôs novos valores para as bandeiras tarifárias. Pela proposta, as taxas
cobradas na bandeira vermelha irão aumentar. No patamar 1, a taxa adicional
pode subir de R$ 4,169 a cada 100 kwh consumidos para R$ 4,599 – aumento de 10%.
No patamar 2, o mais caro do sistema, o reajuste pode chegar a 21%, passando de
R$ 6,243 a cada 100 kwh para R$ 7,571.
No caso da bandeira amarela, a previsão é de redução de 26% no valor. A cobrança passaria de R$ 1,343 a cada 100 kWh para R$ 0,996. A proposta ficará em consulta pública até 7 de maio e poderá ser modificada. Após essa fase, a diretoria votará uma proposta final e estabelecerá os novos valores a serem pagos pelos consumidores de todo o País.
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