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terça-feira, 21 de junho de 2022

AUDIÊNCIA PÚBLICA EM PARELHAS DEBATE SITUAÇÃO DE BOQUEIRÃO E PASSAGEM DAS TRAÍRAS

 

Elaborar um documento contendo as providências a serem tomadas para a resolução do problema hídrico nos municípios do Seridó, atendidos pelas barragens Boqueirão de Parelhas e Passagem das Traíras, foi a conclusão a que chegou a audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, realizada na tarde de segunda-feira (20), na Câmara Municipal de Parelhas, por proposição do deputado Francisco do PT, para discutir “Abastecimento do Seridó: a situação hídrica da Barragem do Boqueirão e as obras da Barragem Passagem das Traíras”. “Essa audiência é fruto da preocupação da população de Parelhas, Carnaúba dos Dantas e Jardim do Seridó com o abastecimento. O que se pretende é que os órgãos competentes possam apresentar alternativas rápidas para o abastecimento até o próximo inverno, quando Boqueirão recebe recarga e também reivindicar dos órgãos federais a conclusão da recuperação de Passagem das Traíras que está bastante atrasada e o início das obras do Projeto Seridó que é o que vai trazer a solução definitiva,” afirmou o deputado Francisco do PT.

As discussões durante a audiência levantaram a preocupação com relação a construção de barragens na bacia do rio Seridó, de pequeno, médio e grande portes, à montante da barragem de Boqueirão, de pequeno, médio e grande portes, impedido que a água chegue ao reservatório. Outros questionamentos, com base nessas informações foram colocados sobre até quando a água, hoje acumulada em Boqueirão de Parelhas e Passagem das Traíras, vai dar para servir ao abastecimento de Parelhas, Jardim do Seridó e Carnaúba dos Dantas, beneficiando mais de 40 mil habitantes.Com o assoreamento surgiu a questão da má qualidade da água para o consumo humano. A falta de gestão dos órgãos públicos também foi colocada na mesa dos trabalhos, pois já deveria ter proibido o banho na Barragem de Boqueirão, onde acontecem festas todos os finais de semana. Há muita matéria orgânica acumulada, o que talvez seja o motivo para o cheiro ruim da água acumulada, hoje em pequena quantidade. Conforme com os debatedores, com o volume de chuvas deste ano, na área de Boqueirão, era para o reservatório está com muito mais água. Atualmente, o volume está abaixo de 10% de sua capacidade, o que reforça as teses de barramento e assoreamento. “Há preocupação que a barragem entre em colapso como aconteceu com a barragem de Gargalheiras – em Acari – que secou”, pontuou o deputado Francisco do PT.

De acordo com uma previsão feita pelo diretor de operações da Companhia de Águas e Esgoto do Rio Grande do Norte, Tiago Índio, a água do Boqueirão vai dar para o abastecimento somente até janeiro ou fevereiro de 2023. Ainda durante os debates foram feitas reclamações pelo fato de o DNOCS não ter mandado um representante, apesar de o órgão ter sido convidado. De acordo com os reclamantes, o órgão federal tomou as obras de recuperação da barragem Passagem das Traíras e até agora os trabalhos não foram concluídos o que talvez só aconteça no próximo ano. Foi lembrado que a barragem foi construída pelo então governador Vivaldo Costa em apenas 100 dias e em três anos ainda não foi feita a recuperação da barragem.

Fonte: ANNA RUTH DANTAS

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