O Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), também conhecido como cadastro de bons motoristas, começa a valer em setembro. A informação foi confirmada pelo Ministério da Infraestrutura. Objetivo da medida, regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em julho, é permitir que as unidades da federação concedam benefícios fiscais ou tarifários para condutores que não tenham cometido infração de trânsito nos últimos 12 meses.
Os benefícios, porém, ficarão
a critério de quem oferecerá. Órgãos públicos de trânsito e entidades privadas,
como seguradoras e locadoras de carros, poderão usar a lista para oferecer
vantagens como desconto em seguros, tarifas de pedágio e estacionamentos, além
de descontos e isenções de taxas e tributos pelos órgãos governamentais.
*Como fazer o cadastro
De acordo com o Ministério da
Infraestrutura, o cadastro no RNPC será voluntário e não automático. Ou seja, o
motorista vai ter de manifestar interesse em ser incluído na lista, por meio do
aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT) ou no site
da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).
*Quem pode ficar fora
Poderá ficar sem fazer o
cadastro (ou até mesmo excluído) em casos de:
- Quando houver registro de infração de
trânsito;
- Quando o cadastrado tiver o direito de
dirigir suspenso;
- Quando a carteira de motorista estiver
cassada ou vencida há mais de 30 dias;
- Se o cadastrado estiver cumprindo pena
privativa de liberdade.
O sistema deve ser atualizado
mensalmente, até o oitavo dia útil de cada mês, pela Senatran. Para
consultar se está na lista, o motorista deverá fornecer nome completo e CPF. A
consulta ao RNPC será garantida a todos os cidadão, segundo a norma.
Mudanças no CTB
A medida faz parte das
mudanças na lei de trânsito aprovadas no Congresso Nacional em 2020. Além da
criação do Registro Nacional Positivo de Condutores, houve uma série de
mudanças nas regras para motoristas.
Entre outras medidas, a lei ampliou de 20 para até 40 pontos do limite para a suspensão da Carteira Nacional de Trânsito (CNH) e o aumento da validade do documento para até 10 anos.
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