O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, voltou atrás após ter dito que não ficaria preocupado se a Uber deixasse o Brasil caso o serviço de transporte por aplicativo seja regulamentado para que os motoristas da plataforma passem a ter direitos trabalhistas. “Chance zero. A Uber não sairá do Brasil de maneira alguma. Pela simples razão que o Brasil é número 1 das operações da Uber. Jamais a Uber vai pensar em sair do Brasil”, afirmou Marinho, em entrevista à Record TV nesta quinta-feira (9).
No início da semana, o ministro tinha dito que, caso a Uber parasse de operar no país, o governo federal desenvolveria outro aplicativo para substituir a plataforma. De acordo com ele, os Correios poderiam operar no lugar da Uber. Marinho explicou que fez essa declaração devido à possibilidade de a regulamentação da Uber ser vista como um ponto negativo pela empresa. Apesar de se retratar pela fala sobre a plataforma sair do Brasil, o ministro reforçou a defesa de que é necessário regulamentar o serviço no país. Segundo ele, “é preciso ter uma ganância menor das plataformas e das empresas para remunerar melhor o trabalhador”.
“Tem que ter proteção social.
O trabalhador não pode trabalhar sem nenhuma proteção. [Se ele tiver] um
acidente ou uma doença profissional, ele não tem nenhuma proteção a ele e à sua
família. Então, tem que ter previdência. As empresas têm que recolher
previdência a esses trabalhadores”, afirmou.
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