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sexta-feira, 26 de maio de 2023

PAÍS: APENAS 15% DOS BRASILEIROS COM MAIS DE 16 ANOS ESTUDAM ATUALMENTE

 
POR DEBORAH FORTUNA (deborah.fortuna@cbn.com.br 

Apenas 15% dos brasileiros com mais de 16 anos estudam atualmente. Metade, ou seja, 53%, está na faixa etária de 16 a 24 anos. Entre as pessoas que não estudam, 47% tiveram que largar os estudos para trabalhar e sustentar a família, enquanto 12% preferiram trabalhar e ter a própria autonomia. Os dados são da Pesquisa Sesi/Senai sobre os jovens na educação, divulgada nesta sexta-feira pela Confederação Nacional da Indústria. Sobre a avaliação da educação no país, 30% dos entrevistados consideraram a rede pública boa ou ótima, e 23% ruim ou péssima. Os dados mudam na avaliação da rede privada de ensino: 50% consideraram boa ou ótima, 31% regular, e 8% ruim ou péssima.


O diretor-geral do SENAI e diretor-superintendente do SESI, Rafael Lucchesi, avalia que atualmente há problemas estruturais na educação que travam o desenvolvimento do país. Para ele, a escola tem que ser mais atrativa para o jovem. "Há uma mudança cultural muito forte de novas tecnologias, e temos ainda uma escola antiga, apenas emissora de conhecimento. Quando na verdade o processo de aprendizagem em sistemas educacionais mais avançados se dão por resolução de problemas, gameficação, robótica, sten. Então ainda estamos longe desse tipo de educação, dessa qualidade, para a maior da juventude brasileira e isso vai se traduzir nesse alto índice de evasão", disse.


Entre as etapas de formação, a alfabetização tem a pior avaliação de qualidade e o ensino técnico é o mais bem avaliado. Por isso, 23% dos entrevistados disseram que a alfabetização deve ser a prioridade do governo, enquanto 16% acreditam ser a creche, 15% o ensino médio. Entre os fatores de qualidade, os entrevistados acham que é prioridade aumentar o salário dos professores, melhorar a capacitação dos profissionais, e as condições das escolas. Para a pesquisa foram entrevistas duas mil e sete pessoas com idade a partir de 16 anos, entre os dias 8 e 12 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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