O governo federal
publicou, na noite desta quarta-feira (11), um conjunto de medidas relacionadas
ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), via decreto e Medida
Provisória, voltado para recalibrar o imposto e aumentar a arrecadação.
De acordo com o Ministério da
Fazenda, as medidas foram acertadas entre o ministro Fernando
Haddad, e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado,
Davi Alcolumbre (União-AP), além de lideranças das Casas Legislativas.
>> Veja abaixo algumas
das medidas:
- Fim da alíquota fixa do risco
sacado. Fica apenas a diária, de 0,0082%, o que significa redução de 80%
na tributação.
- VGBL: até 31 de dezembro de 2025, o
IOF nos aportes passa a incidir somente sobre o valor que exceder R$ 300
mil. Neste ano, fica flexibilizada a exigência de verificação global
dos aportes em diferentes entidades, para evitar problemas operacionais
nas entidades seguradoras. A partir de 1º de janeiro do ano que vem,
o IOF nos aportes em VGBL passa a incidir sobre o valor que exceder R$ 600
mil. As contribuições patronais passam a ser isentas de IOF.
- Alíquota de 5% de Imposto de Renda
sobre LCA, LCI, CRI, CRA e debêntures incentivadas,
antes isentos.
- Alíquota única de 17,5% de Imposto de Renda sobre
os rendimentos de aplicações. Não há mudança para caderneta de
poupança.
- Tributação sobre o faturamento das bets
será elevada de 12% para 18%. Não há mudança para os prêmios pagos ao
apostador e para o imposto de renda e a CSLL cobrada da empresa.
- Inserção do programa Pé-de-Meia no
piso constitucional da educação, mudança nas regras do Atestmed (serviço
digital do INSS para solicitação de benefícios por incapacidade
temporária), sujeição à dotação orçamentária da compensação financeira
entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes de previdência dos
servidores públicos e, em relação ao Seguro Defeso, ajustes nos critérios
de acesso e sujeição à dotação orçamentária
>> Acesse aqui o Decreto 12.499
>> Acesse aqui a Medida Provisória 1.303
O governo anunciou, no final de maio, um bloqueio e um contingenciamento de cerca de R$ 30 bilhões para atingir a meta definida pela lei do arcabouço fiscal. Além disso, foi editado decreto com alta do IOF que previa arrecadar mais R$ 20 bilhões neste ano. A medida sofreu resistência do mercado financeiro e do Congresso Nacional, o que levou o governo a negociar uma MP alternativa ao decreto do IOF.
Sem essa alternativa, o
governo teria que contingenciar mais gastos federais neste ano, o que
impactaria ainda mais o funcionamento da máquina pública, atingindo as emendas
parlamentares dos deputados e senadores.
* Com informações do
Ministério da Fazenda
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