Agentes alegam que foram traídos pelos delegados de Polícia
Uma proposta de reajuste salarial para a Polícia Civil encaminhada pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa gerou "racha" entre agentes e delegados. Na manhã de hoje (9),policiais civis foram ao Legislativo para tentar barrar a tramitação de um projeto de lei que visa ampliar os vencimentos da categoria. No entanto, o grupo quer um reajuste proporcional ao que está estabelecido para delegados.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol), pelo projeto apresentado, o reajuste dos agentes seria de 35,19%, o que faria com que o policial de 4ª classe, nível 1, passasse a receber, a partir de setembro de 2016, R$ 3.755,48, contra os atuais R$ 2.777,93. O salário máximo a que poderia chegar o salário de um agente seria R$ 9.465,60, para os de Classe Especial e nível 5. No caso dos delegados, pelo projeto atual, o salário do Substituto saltaria dos atuais R$ 9.185,40 para R$ 15.288,90 em setembro de 2016, um reajuste de 66,45%. Para os demais níveis da carreira, os salários saltariam de R$ 11.643,00 para R$ 16.987,67 (45,9%), R$ 13.363 para R$ 18.875,19 (42,31%), R$ 15.120,00 para R$ 20.972,43 (38,71%) e de R$ 17.237,00 para R$ 23.302,70 (35,19%), no caso dos delegados especiais.
Grupo foi à Assembleia pressionar deputados para não aprovarem proposta sem que haja isonomia no reajuste/Presidente do Sinpol, Djair Oliveira, conversou com deputados pela manhã
"Pela proposta enviada à Assembleia, com aval da Degepol, após 30 anos de serviço, agente e escrivão vão receber pouco mais de 50% que um delegado ganha em início de carreira, sendo que todos os cargos são de nível superior", disse o presidente do Sinpol, Djair Oliveira.
Buscando um reajuste proporcional, os policiais disseram que poderiam, inclusive, permanecer na Assembleia por tempo indeterminado, cogitando até a montagem de um acampamento no Legislativo. No entanto, o Sinpol conversou com alguns deputados e receberam a promessa de que não votariam a matéria caso estivesse nos moldes atuais.A mensagem governamental foi encaminhada no dia 2 de julho e ainda não havia a previsão sobre dia em que o projeto poderia entrar em votação no Legislativo.