O Rio Grande do Norte já
confirmou 152 casos da varíola dos macacos (Monkeypox) em 17 municípios
desde a primeira infecção, registrada em 1º de julho de 2022. Ao todo, 131
homens e 21 mulheres potiguares já adoeceram até a sexta-feira (26). A maioria dos casos foi na
capital potiguar, Natal, 97. Parnamirim aparece em segundo lugar, com 25
infecções. Extremoz e Mossoró, 5, cada. São Gonçalo do Amarante e Parelhas
tiveram 3 pessoas com o vírus confirmado. Caicó,
Espírito Santo e Jandaíra, 2. Os municípios que registraram uma pessoa
infectada são Bom Jesus, Doutor Severiano, Equador, Goianinha, Poço Branco, São
José de Mipibu, São Pedro e Serra Negra do Norte.
O número de notificações
chegou a 620, sendo 393 descartados, 10 concluídos como prováveis e 23
suspeitos. O percentual de notificações confirmadas no RN é de 24%. A faixa etária com maior
número de pessoas infectadas foi de 30 a 39 anos (52), seguida dos jovens entre
20 e 29 (44) e 40 a 49 anos de idade (24). Onze crianças de até 10 anos foram
infectadas e 10 pessoas entre 11 e 19 anos. Sete pacientes tinham entre 50 e 59
anos; 3 estavam entre 60 e 69; e um tinha entre 70 e 79. As informações são do boletim
MPOX – Situação Epidemiológica no Brasil e no Mundo Nº 177. A doença já se
confirmou nas 27 unidades federativas, com óbitos em sete delas: Maranhão,
Pará, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, rio de Janeiro e Santa Catarina.
Sobre a Monkeypox
De acordo com o documento do
estado do Rio Grande do Norte, apesar do nome, os primatas não humanos
(macacos) não são reservatórios do vírus apesar de poderem ser acometidos pela
doença. Embora o reservatório seja desconhecido, os principais animais
prováveis são pequenos roedores (como esquilos, por exemplo), naturais das
florestas tropicais da África Central e Ocidental.
A transmissão entre humanos
ocorre principalmente por meio de contato pessoal com lesões de pele ou fluidos
corporais de uma pessoa infectada ou objetos recentemente contaminados, tais
como toalhas e roupas de cama. O contágio por meio de
gotículas geralmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e
outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, familiares e parceiros
íntimos pessoas com maior risco de infecção. Uma pessoa pode transmitir a
doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado
completamente e uma nova camada de pele se forme. Mulheres grávidas podem
transmitir o vírus para o feto através da placenta.
Ainda de acordo com o plano, a
doença geralmente evolui de forma benigna e os sinais e sintomas duram de 2 a 4
semanas. A manifestação cutânea pode ser precedida de febre de início súbito e
de inchaço dos gânglios. Outros sintomas incluem dor de
cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão. O período de
incubação cursa de 6 a 16 dias, podendo chegar a 21 dias. As erupções podem acometer
regiões como face, boca, tronco, mãos, pés ou qualquer outra parte do corpo,
incluindo as regiões genital e anal. Na pele, podem aparecer manchas vermelhas
sobre as quais surgem bolhas com secreção; posteriormente, essas vesículas se
rompem, formam uma crosta e evoluem para cura. A dor nas lesões pode ser
intensa.