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domingo, 2 de agosto de 2015

DEPUTADOS DIZEM SER CONTRA AFASTAR CUNHA DA PRESIDÊNCIA

Cunha EDUARDO
Líderes da bancada também não veem razão para impeachment de Dilma. Maioria é contra abertura de processo de cassação de colegas investigados pela Lava Jato, como Cunha/RANIER BRAGON e  AGUIRRE TALENTO - Folha de São Paulo

A maioria dos deputados que lideram as bancadas de seus partidos na Câmara declara ser contra o afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mesmo se o Supremo Tribunal Federal abrir um processo contra ele por causa da suspeita de que recebeu propina do esquema de corrupção descoberto na Petrobras. Os líderes também dizem não ver motivo para que outros colegas investigados pela Operação Lava Jato respondam a processo de cassação no Conselho de Ética. A Folha ouviu na semana que passou 20 dos 22 líderes das maiores bancadas da Câmara.

Desde que o lobista Julio Camargo afirmou que pagou US$ 5 milhões em propina a Cunha, alguns parlamentares têm pedido seu afastamento do comando da Casa. Mas a posição manifestada pelos líderes partidários mostra que ele mantém sólido apoio entre seus pares –mesmo após as declarações da advogada Beatriz Catta Preta, que representava Julio Camargo e acusou aliados de Cunha na CPI da Petrobras de tentar intimidá-la. Embora a enquete tenha sido feita antes da veiculação da entrevista da advogada ao "Jornal Nacional", da TV Globo, a Folha apurou que a posição dos parlamentares em relação a Eduardo Cunha não sofreu alteração significativa.

Líderes de dez bancadas, que somam 294 deputados (57% do plenário), são contra o afastamento de Cunha mesmo que ele seja denunciado pela Procuradoria-Geral da República e o Supremo abra um processo contra ele, transformando-o em réu. "Não tem sentença ainda. Pode não dar em nada, e aí como faz?", diz Sibá Machado (AC), líder da bancada do PT, partido hoje em pé de guerra com Cunha. "Entendo que o presidente Eduardo Cunha deve exercer plenamente suas atribuições constitucionais e ter garantido seu direito à ampla defesa", reforça Rogério Rosso (PSD-DF).

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