Com a renúncia de Carlos Arthur Nuzman
apresentada hoje (11), o Comitê Olímpico do Brasil (COB) será presidido por
Paulo Wanderley, vice-presidente da entidade desde o começo do ano A
carta de renúncia de Nuzman foi lida por seu advogado, Sergio Mazzillo, durante
assembleia extraordinária do COB. Nuzman é investigado pela Polícia Federal
(PF) na operação Unfair Play - Segundo Tempo, que apura o pagamento de propinas
no processo de escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos 2016.
Ele foi detido na última quinta-feira (5) e está preso preventivamente.
Paulo Wanderley, de 67 anos, é potiguar natural de Caicó,
radicado em Vitória-ES, foi presidente da Confederação Brasileira de Judô entre
2001 a 2017. Em entrevista após a assembleia extraordinária do COB, ele elogiou
a trajetória de Nuzman e disse que não pode prometer superar sua contribuição
para o desenvolvimento do esporte brasileiro, que seria incalculável. Wanderley
disse que trabalhará em favor da credibilidade e do repeito do COB. “É uma
coisa eu acho que posso implementar. Dar mais segurança ao nosso público de que
as coisas serão corretas. Haverá cobrança interna. Aqui se delega, mas se
fiscaliza”. Durante a assembleia, foi criada uma comissão para propor uma
reforma do estatuto do COB em 45 dias, que deve alterar o processo eleitoral na
entidade. Uma das mudanças deverá ser o aumento da participação dos atletas e
regras menos rigorosas para composição das chapas para o comando da instituição.
O novo presidente do COB disse que pretende ficar no cargo
pelo menos até 2020 e não descartou uma tentativa de reeleição para um novo
mandato, que iria até 2024. Aprovada em 2013, a Lei 9.613 estabelece que
dirigente de entidade que receba dinheiro público só tem direito a uma
reeleição. “Eu fui eleito para um mandato de quatro anos, um ciclo
olímpico, de acordo com o estatuto. A intenção, a pretensão e a legalidade
estatutária, prevê mandato de quatro anos, o qual eu pretendo cumprir”, disse
Paulo Wanderley. Sobre a suspensão do COB aplicada pelo Comitê Olímpico
Internacional (COI), Wanderley disse que a revisão estatutária poderá ajudar a
reverter a medida.
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