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Desembarcou
no início da tarde desta quarta-feira (3) na Base Aérea de Parnamirim, na
Grande Natal, o voo da Força Aérea Brasileira (FAB) com 60 venezuelanos que
irão ficar abrigados na cidade de Caicó, na região Seridó potiguar. A
aeronave decolou do Aeroporto Internacional de Boa Vista pela manhã. Esta
é a 11ª etapa do processo de interiorização de um total de 19 voos que saíram
de Roraima para outros estados do país desde o mês de abril. Além dos 60
imigrantes transferidos para o RN, 16 têm destino o Rio de Janeiro (RJ), 26
seguirão para Guarulhos (SP), 15 para São Paulo (SP) e outros 7 para Brasília
(DF). Conforme a Casa Civil, até agora foram interiorizadas 2.452 pessoas.
No
Rio Grande do Norte, os venezuelanos deixaram a Base Aérea de Parnamirim em um
ônibus do Exército com destino ao abrigo Aldeias Infantis SOS, em Caicó. A
interiorização busca ajudar os solicitantes de refúgio e de residência a
encontrar melhores condições de vida em outros estados brasileiros. Todos
aceitam, voluntariamente, participar do programa e são vacinados, submetidos a
exame de saúde e regularizados no Brasil – inclusive com CPF e carteira de
trabalho. A
iniciativa tem o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da
ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e
do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Interiorização
intensificada
O
governo intensificou o processo de interiorização após conflitos registrados no
município de Pacaraima, ao Norte de Roraima, quando 1,2 mil imigrantes foram
expulsos da cidade fronteiriça durante um violento protesto de moradores. Antes
disso, o processo era lento. Nos cinco primeiros meses de interiorização, o
governo realizou apenas 8 voos levando 1.194 imigrantes. Só no mês de setembro,
depois do tumulto na fronteira, 10 voos foram realizados, levando 1.134
venezuelanos para outras regiões do país.
Venezuelanos em Roraima
Venezuelanos em Roraima
Desde
2015, Roraima recebe um número crescente de venezuelanos que fogem,
principalmente, da escassez de comida e remédios. Em três anos e meio já são
mais de 75 mil pedidos de refúgio ou residência temporária só em
Roraima. Com
a chegada em massa de imigrantes, 10 abrigos foram abertos em Boa Vista e em
Pacaraima, com uma capacidade total de 5 mil pessoas. As unidades, no entanto,
já estão lotadas e ainda há venezuelanos vivendo em situação de rua no estado.
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