Suspeição
de Moro
A
defesa do petista entrou com o habeas corpus (pedido de liberdade) alegando que
a indicação de Sérgio Moro para ministro de Justiça e Segurança
Pública demonstra parcialidade do magistrado. Moro foi o juiz de 1ª instância
que condenou Lula no caso tríplex do Guarujá. Os
advogados usaram sete argumentos para demonstrar a parcialidade de Moro:
condução coercitiva de Lula, o vazamento de áudios de conversas com a então
presidente Dilma Rousseff (PT), a atuação de Moro para evitar a ordem de
soltura determinada pelo desembargador Rogério Favreto e a aceitação do convite
para ministro do governo de Bolsonaro.
Para
os advogados, a decisão de Moro de condenar o petista foi “política” e, por
isso, pediu para que fosse reconhecida a suspeição de Moro para julgar
processos contra o ex-presidente. A defesa também pediu para que fossem
considerados nulos todos os atos processuais que resultaram na condenação de
Lula. Lula
está preso desde o dia 7 de abril na Superintendência da PF (Polícia
Federal), em Curitiba, após o TRF4 (Tribunal Regional Federal 4ª Região)
confirmar a condenação por 12 anos e um mês de prisão ao ex-presidente, pelos
crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Moro
nega qualquer irregularidade em sua conduta e afirma que a decisão de
participar do governo de Bolsonaro ocorreu depois do julgamento de Lula. No dia
16 de novembro, ele pediu exoneração do cargo para poder assumir o ministério a
partir do ano que vem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário