
Policiais param dia 13 (Foto: Assessoria)/BRUNO BARRETO
Os Policiais Civis do Rio Grande do
Norte decidiram que vão realizar uma paralisação no dia 13 de março. A
categoria cobra uma reunião com a governadora Fátima Bezerra para evitar que
tenha os salários reduzidos. A ameaça de redução dos vencimentos
dos Policiais Civis é decorrente de uma ação movida pelo Ministério Público
Estadual que pede a retirada do Adicional por Tempo de Serviço da categoria.
Caso isso aconteça, alguns servidores podem chegar a ter diminuição de até 35%
do seu salário. “Nós estamos em uma situação de crise
financeira insustentável.
Há 3 anos os servidores amargam atrasos de salários.
Atualmente, temos duas folhas e meia pendentes. A categoria está endividada,
sufocada e, agora, prestes a ter seus salários reduzidos. Não podemos e não
vamos aceitar isso”, comenta Nilton Arruda, presidente do SINPOL-RN. Ele explica que a ação movida pelo
Ministério Público contra o Estado está em fase de julgamento por isso a
urgência do encontro com a chefe do Executivo. “Precisamos de uma reunião com a
governadora Fátima Bezerra para apresentarmos uma proposta que visa evitar a
redução salarial. No entanto, até o momento, ela não sinalizou em nos receber.
Ou seja, o Governo do Estado parece que não está preocupado se os Policiais
Civis vão ter os salários reduzidos”, avalia.
O SINPOL-RN critica ainda a postura
do Ministério Público em querer retirar o ADTS dos Policiais Civis, haja vista
que, no início do mês, os integrantes da associação que representa os
promotores pediu a um senador potiguar a volta de um projeto de lei que garante
o mesmo benefício a eles. “Ou seja, o MP quer retirar o ADTS dos Policiais
Civis do Rio Grande do Norte, que atualmente têm o 24º pior salário do Brasil,
mas quer que os promotores tenham novamente esse benefício. É estranho e
injusto esse posicionamento”, afirma Nilton Arruda. A mobilização marcada pelos Policiais
Civis para o dia 13 de março terá concentração em frente à Governadoria, no
Centro Administrativo, em Natal. “Lá, a categoria vai deliberar qual será os
moldes dessa paralisação. O tempo em que vamos ficar parados dependerá da
própria governadora Fátima Bezerra. O que nós queremos é sermos recebidos por
ela”, completa.
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