Marcondes Gomes da Silva foi condenado por matar a estudante Iasmin Lorena Pereira de Melo — Foto: Mariana Rocha/Inter TV Cabugi
O pedreiro Marcondes Gomes da Silva foi condenado a 31 anos de prisão
pela morte da estudante Iasmin Lorena Pereira de Melo, de 12 anos –
crime ocorrido em março do ano passado na comunidade da África, no bairro da
Redinha, Zona Norte de Natal.
Iasmin Lorena tinha 12 anos — Foto: Arquivo da Família/cedida
Marcondes foi a juri popular nesta quarta-feira (19) e condenado pelos
crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, impossibilidade de
defesa da vítima e emprego de meio cruel), estupro de vulnerável e também
ocultação de cadáver. O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri do Fórum
Miguel Seabra Fagundes, no bairro de Lagoa Nova. Cinco homens e duas mulheres
compuseram o júri. "Nada vai trazer a Iasmin de volta, mas a aplicação de uma pena
rigorosa, bem acima dos 20 anos de reclusão, vai aliviar um pouco a dor da
família da menina", disse o advogado Emanuel Grilo, que atuou no
julgamento como assistente de acusação.
Pedreiro Marcondes Gomes da Silva, suspeito do desaparecimento de Iasmin Lorena, em Natal, foi preso no litoral potiguar — Foto: PM/Divulgação - G1/RN
Negação
Durante
a audiência de instrução realizada em abril, na qual foi sentenciado a
ir a júri popular, Marcondes se recusou a comentar as acusações. Disse que
só vai falar durante o julgamento, mas negou os crimes apesar de ter confessado
a morte da menina logo após ser preso.
Confissão
Marcondes,
que era amigo da família da menina, foi preso no dia 26 de abril. O
pedreiro estava em uma praia no município de Touros, no Litoral
Norte do estado. Ao
ser detido, Marcondes admitiu ter matado Iasmin. Ele contou que agiu
sozinho, e disse que matou a menina após ela se negar a ter relações sexuais
com ele. O pedreiro ainda passou um tempo na Penitenciária Estadual de
Alcaçuz, em Nísia Floresta, mas em setembro foi transferido para a
Penitenciária Estadual de Parnamirim.
O
desaparecimento
Iasmin
foi vista com vida pela última vez por volta das 13h do dia 28 de março de
2018. De acordo com a família, a menina saiu de casa, na Rua José Acácio de
Macedo, na comunidade da África, na Redinha, para entregar um dinheiro a uma
vizinha a pedido da mãe. Porém, ela não chegou ao destino. A mulher que
receberia o dinheiro mora em uma rua próxima, e disse que a menina não apareceu
por lá. A família então procurou a polícia e registrou o desaparecimento da
garota. Foi quando começaram as buscas por Iasmim.
Corpo
encontrado
No
dia 24 de abril, quase um mês depois do desaparecimento, cães
farejadores do canil do Batalhão de Choque da Polícia Militar ajudaram a
encontrar o corpo da menina. O cadáver estava enterrado dentro de uma casa
em construção na Rua José Acácio de Macedo, a mesma rua onde Iasmin morava com
sua família. Antes de ser enterrada, a menina foi estrangulada com um cabo de
aço de bicicleta.
Corpo da menina Iasmin Lorena, de 12 anos, foi sepultado logo após ser liberado pelo Itep, em Natal — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi/G1 RN
Identificação
O
corpo de Iasmin só foi oficialmente identificado 56 dias depois de ser
encontrado. Foi preciso um exame de DNA, pois o cadáver estava em avançado
estado de decomposição. Somente então pôde ser liberado para a família e
sepultado.
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