Governadora Fátima recebeu os fornecedores em audiência/CÉSAR SANTOS
A governadora Fátima Bezerra (PT)
cedeu às pressões da classe empresarial e decidiu revogar a resolução que
oficializada um “calote” de R$ 2,6 bilhões com os fornecedores do Estado. É o mais recuou do atual governo, que
tem tomadas medidas para minimizar os efeitos da crise fiscal e recuado em
seguida, de acordo com o termômetro da pressão. A resolução número 02/2019 foi tomada
pelo Comitê de Gestão e Eficiência e vedava o Governo do Estado de pagar
dívidas deixadas pelo governo anterior com fornecedores e prestadores de
serviços. De acordo com a resolução, o governo passaria a pagar apenas as
contas contraídas a partir de 2019.
As entidades que representam os
setores produtivos do RN reagiram com críticas e notas acusando o governo de
aplicar um “calote” nas empresas que haviam prestado serviços ao Estado. A
pressão funcionou. O governo instituiu o Comitê de
Relacionamento com Fornecedores (COREF) para tratar o delicado assunto, e nesta
quarta-feira (10) a governadora Fátima prometeu revogar a “resolução do
calote”, como foi rotulada. A promessa foi feita na audiência com os
fornecedores realizada na Governadoria. Além de revogar a resolução, a
governadora anunciou que será traçado um perfil detalhado da dívida do Estado
com seus fornecedores de bens e serviços para apresentar na próxima reunião.
Também ficou definido que o governo manterá a orientação de quebra de ordem
cronológica dos pagamentos até posterior deliberação do comitê.
Fátima Bezerra disse que tem o
compromisso de honrar o pagamento com servidores e fornecedores, ressaltando a
necessidade de manutenção do diálogo e construção de consenso com todos os
setores. No entanto, não soube precisar quando o governo começará o pagamento
dos débitos que estão na rubrica de “restos a pagar”. Participaram da primeira reunião, a
governadora Fátima Bezerra, o secretário-chefe do Gabinete Civil, Raimundo
Alves, os secretário Aldemir Freire (Planejamento), Carlos Eduardo Xavier
(Tributação), Pedro Lopes (Controladoria), Virgínia Ferreira (Administração) e
o procurador geral do Estado, Luiz Antônio Marinho, representantes da Federação
das Indústrias do RN (Fiern), Federação do Comércio (Fecomércio), Federação da
Agricultura (Faern), Federação das Associações Comerciais do RN (Facern) e
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL).
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