As cachaças Samanaú vencedoras de prêmio internacional em Chicago nos Estados Unidos (Foto Divulgação)/Por Pequenas Empresas & Grandes Negócios
A Cachaçaria Artesanal Samanaú, do Rio Grande do
Norte, conquistou um reconhecimento importante do mercado internacional como a
melhor cachaça envelhecida do mundo. A
marca conquistou, em Chicago, nos Estados Unidos, a medalha de ouro da revista
americana Tastings, que é especializada em degustação de bebidas alcoólicas de
todo o mundo. A avaliação foi feita por um corpo de jurados do
Beverage Testing Institute (BTI), uma empresa independente de pesquisa de
bebidas alcoólicas de terceiros, que conduziu testes de sabor às cegas. A
cachaçaria orgânica potiguar obteve a melhor nota entre as cachaças analisadas.
O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (1º).
A instituição faz degustação profissional há 38
anos. Mensalmente, a equipe de degustadores faz avaliações de vários tipos de
bebidas e divulga o resultado a cada dia primeiro de cada mês. Em julho, as
bebidas analisadas foram cachaças e runs de todo o mundo. O rótulo potiguar
ficou com a melhor nota entre as cachaças envelhecidas, atingindo 92 pontos. A Pitú Vitoriosa também foi avaliada e também
conquistou medalha de ouro, entretanto, conseguiu um ponto a menos nessa mesma
análise. Das 36 bebidas ranqueadas neste mês, 34 eram variações de rum. Apenas
as duas marcas brasileiras entraram na categoria como cachaça envelhecida.
Sobre a Samanaú a quipe de jurados da Tastings
classificou como ‘excepcional’ a cachaça potiguar, que tem certificado
orgânico. “Cor de âmbar dourado. Com tostado, aromas doces e
notas de confeitaria de canela, cardamomo, caramelo, creme de maple [preparado
à base de mel de milho] e doce de leite, com corpo acetinado, vibrante, fluído,
de fruta semi-seca, elegante, com notas semi-longas que remetem à baunilha
cremosa, lavanda, creme de coco, com um toque final de castanha de caju. Uma
cachaça encorpada envolvendo uma cápsula de sabor apimentado; uma grande
garrafa com mil possibilidades de ser bebida”, descreveu o corpo de jurados do
BTI que provou às cegas a amostra da Samanaú.
Reconhecimento
De acordo com o proprietário da Cachaça Samanaú,
Dadá Costa, esse não é o primeiro prêmio que a marca conquista no mercado
internacional. Tanto a cachaça envelhecida quanto a prata já receberam outras
premiações em Chicago (EUA) , Washington (EUA) e Bruxelas (Bélgica).
“Essa medalha é o reconhecimento e A valorização do
trabalho que vem sendo desenvolvido com a Samanaú para entregar ao consumidor
uma cachaça artesanal orgânica de qualidade. Coroa também a nossa fase de
internacionalização”, diz o empresário. Atendida pelo Sebrae no Rio Grande do Norte,
através do projeto setorial Orgânicos do RN, a cachaçaria chega a produzir 80
mil litros da bebida por ano no engenho instalado no município de Caicó
(distante 282 quilômetros de Natal). Nos últimos anos, a Samanaú tem adotado a
estrategia de entrar fortemente no mercado internacional.
Entre 2018 e o início deste ano, a empresa exportou
mais de 8 mil litros da bebida para a Nigéria, assim como já havia realizado
remessas anteriores enviadas para a Itália. A cachaça também está presente na
Câmara de Comércio de Portugal e busca novas operações com a exportação de
caipifrutas ‘ready to drink’ para Filipinas. Serão enviados 15 mil litros de
bebidas. A empresa começou a funcionar em maio de 2004,
quando foi instalado no Sítio Samanaú um alambique artesanal na região Seridó.
Desde 2012, tem o atestado emitido pela IBD Certificadora e integra o rol das
12 cachaças do Brasil certificadas com o selo de orgânico para entrar no
mercado internacional, sendo uma das primeiras do RN a obter esse certificado.
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