
Secretária de Administração do Governo do Estado, Virgínia Ferreira, explica órgão/JOSÉ ALDENIR - AGORA RN
O Governo do Rio Grande do Norte instituiu na última sexta-feira, 23, a
Comissão Especial de Monitoramento das Operações da Folha de Pagamento do
Estado. O mecanismo terá a função de analisar o fluxo de recursos e encontrar
irregularidades. O grupo também terá a função de planejar o censo dos
servidores públicos estaduais, que está previsto para se ainda neste semestre. “A comissão especial analisará todos os processos de implantações
judiciais e administrativas, além das concessões de vantagens pecuniárias
(gratificações), objetivando identificar possíveis equívocos que onerem a
folha”, explica Virgínia Ferreira, titular da Secretaria Estadual de
Administração (Sead).
De acordo com a portaria que instituiu o colegiado, em publicação do
Diário Oficial do Estado (DOE), o trabalho realizado pela comissão não vai acarretar
em ônus para o erário a título de gratificação ou qualquer espécie
compensatória. Os membros indicados para compor a comissão deverão manter sigilo das
informações financeiras que lhes forem concedidas, sendo atribuição destes
constatar eventuais equívocos nas operações da folha de pagamento, registrando
em relatório as inconsistências encontradas e submetendo à apreciação e
deliberação da Secretária de Estado da Administração. A ação dos representantes do grupo também será responsável por planejar o
censo dos servidores públicos estaduais. A expectativa é de que as ações sejam
iniciadas até o fim do ano. Caberá aos integrantes do colegiado a elaboração do
estudo. “Sairá esse ano e será discutido pela comissão”, resumiu Vírginia
Ferreira.
Segundo os dados da Sead, a partir do boletim de informações da
administração, o atual quadro de servidores estadual registra 106 mil vínculos,
dos quais 48,9% são ativos e 51,1% são inativos (aposentados e pensionistas). O volume da total folha de pagamentos – para inativos e ativos – aumentou
50,93% ao longo dos últimos cinco anos. Os vencimentos passaram dos R$ 328,1
milhões registrados no mês de janeiro de 2014 para R$ 495,2 milhões, em junho
de 2019. Atualmente, o Estado deve três folhas salariais aos servidores: novembro
(parcialmente), além de dezembro de 2018 e 13º salário deste ano
(integralmente). O governo não tem previsão para quitar o passivo.
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