
Garantindo a qualidade do
ensino jurídico no País, o Ministério da Educação (MEC) vetou a abertura de
sete cursos do Direito, solicitados por Instituições de Educação Superior. Dois
dos sete cursos seriam implantados no Piauí, sendo um na capital e outro em
Parnaíba, litoral do Estado. A decisão ocorreu em
virtude de um parecer técnico por parte do MEC, após a realização de relatórios
produzidos pela Comissão Especial de Direito à Educação da OAB Nacional e, no
âmbito estadual, pela Comissão de Educação Jurídica da OAB Piauí, que já vem
realizando esse trabalho há alguns meses.
Os relatórios foram criados
após visitas por parte da Comissão da OAB Piauí às instituições de ensino que
demonstraram interesse na abertura dos novos cursos de Direito. A medida teve o
intuito de entender a viabilidade dos cursos no Estado. O Presidente da Comissão
Especial de Direito à Educação da OAB Nacional, Thiago Carcará, ressaltou que a
decisão do Ministério foi positiva. “É preocupante o elevado número de cursos
de Direito pelo país sem parâmetros adequados para seus funcionamentos. O
Instrumento de Avaliação dos Cursos utilizado pelo MEC, bem como seus diversos
normativos, indicam que uma boa organização didático-pedagógica, pode
contribuir para o alcance de bons resultados”, frisou.
De acordo com os dados do
MEC, OAB e Inep o país conta com 1.175.940 com advogadas e advogados inscritos
na OAB. Ao todo, são 1.670 cursos de Direito no Brasil autorizados pelo
Ministério da Educação. Apenas no Piauí, existem 33 cursos de Direito, sendo ofertadas
4.646 vagas anuais. O Presidente da OAB Piauí,
Celso Barros Coelho Neto, reforça ainda a importância do Exame de Ordem, que
representa uma aferição de qualidade dos bacharéis de Direito. “Precisamos
levar em consideração o ensino qualitativo e não o quantitativo de cursos.
Nossa intenção, enquanto Sistema OAB, é prezar pela qualidade dos cursos
jurídicos, sobretudo na formação de profissionais preparados para bem defender
o Estado Democrático de Direito e dos seus constituintes”, destacou.
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