O Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em
0,02% em março deste ano. Este é o menor resultado para o IPCA-15 em um
mês de março desde o início do Plano Real (1994). Segundo dados
divulgados hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a taxa é inferior ao 0,22% registrado em fevereiro e ao
0,54% observado em março do ano passado. Com o resultado da
prévia de março, o IPCA-15 acumula taxas de 0,95% no ano e de 3,67% em 12
meses.
Os principais responsáveis
pela queda da taxa de fevereiro para março foram os transportes, que
tiveram deflação (queda de preços) de 0,80% no mês, e habitação, que cujos
preços recuaram 0,28%. Nos transportes, destacam-se
os combustíveis, que tiveram deflação de 1,19% no mês, devido às quedas de
preços da gasolina (-1,18%), etanol (-1,06%), óleo diesel (-1,95%) e gás
veicular (-0,89%). Nos gastos com habitação, o
principal destaque é a queda de preços da energia elétrica, que recuaram 1,30%. Além dos transportes e
habitação, registraram deflação os artigos de residência (-0,05%) e vestuário
(-0,22%).
Por outro lado, os alimentos e
gastos com saúde pressionaram a inflação, evitando uma queda maior da taxa. Os
alimentos tiveram alta de preços de 0,35% e saúde e cuidados pessoais registraram
inflação de 0,84%. Entre os alimentos, a inflação
foi influenciada pelas altas da cenoura (23,92%), do ovo de galinha (5,10%), do
tomate (4,93%) e do leite longa vida (1,37%). No grupo de saúde, houve altas
de 2,36% nos itens de higiene pessoal e de 0,60% nos planos de saúde. Além dos alimentos e itens de
saúde e cuidados pessoais, tiveram inflação os grupos despesas pessoais
(0,03%), educação (0,61%) e comunicação (0,33%).
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