
Em vídeo publicado nas redes
sociais nesta quinta-feira (18), o economista Abraham Weintraub
anunciou sua saída do cargo de ministro da Educação, que ocupava desde abril de
2019. Na gravação, ele aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Os rumores da saída do ministro se
intensificaram ao longo dessa semana, especialmente após a participação dele em
manifestações de apoiadores do governo no domingo. Weintraub é investigado em inquérito sobre fake
news, que tramita no Supremo Tribunal
Federal (STF), e também responde uma apuração na Corte por racismo
por ter publicado um comentário depreciativo sobre a China. "Sim, dessa vez é verdade.
Eu
tô saindo do MEC [Ministério da Educação], vou começar a transição agora
e, nos próximos dias, passo o bastão para o ministro que vai ficar no meu
lugar, interino ou defnitivo", afirmou Weintraub. Ele anunciou, na
sequência, que assumirá um cargo de diretor no Banco Mundial, que tem sede em
Washington, nos Estados Unidos. "Não quero discutir os motivos
da minha saída, não cabe. O importante é dizer que recebi o convite para ser
diretor de um banco, eu já fui diretor de um banco no passado, volto ao mesmo
cargo, porém, no Banco Mundial. O presidente já referendou. Com isso, eu, a
minha esposa, os nossos filhos, e até a nossa cachorrinha, Capitu, a gente vai
ter a segurança que hoje me está deixando preocupado",
acrescentou.
O agora ex-ministro disse que seguirá
apoiando o presidente da República e que compartilha dos mesmos valores,
citando família, liberdade, franqueza e patriotismo. Após o anúncio
de Weintraub, Jair Bolsonaro declarou que o "momento é difícil", mas
que mantém os mesmos compromissos assumidos durante a campanha. "É um momento difícil. Todos os
meus compromissos de campanha continuam em pé, e busco implementá-los da melhor
maneira possível. Todos que estão nos ouvindo agora são maiores de idade e
sabem o que o Brasil está passando, e o momento é de confiança. Jamais
deixaremos de lutar por liberdade", afirmou. O governo ainda não confirmou quem
assumirá o MEC no lugar de Abraham Weintraub. 

Gestão
Em nota, o MEC afirmou que, durante
sua gestão, o ministro lançou a programa Escola de Todos e conseguiu
promover economia na compra de materiais escolares. A nota também descata o
lançamento do edital para que, a partir de 2022, todas as crianças da
pré-escola tenham livros. Também durante a passagem do ministro pela pasta foi
implementado o projeto-piloto do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares
que está em 26 cidades de 18 estados brasileiros.
Durante a pandemia, o ministério
manteve repasse de recursos da merenda escolar a estados e municípios e propôs
que o dinheiro fosse utilizado para a compra de alimentos a serem distribuídos
pelas Secretarias de Educação em kits às famílias dos alunos.
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