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quinta-feira, 29 de abril de 2021

EDUCAÇÃO/RN: HÁ MAIS DE 400 DIAS OFERTANDO AULAS REMOTAS, PROFESSORES NÃO PARAM DE TRABALHAR E LUTAR PELA VIDA

 
Créditos: Bruno Concha

Os/as professores/as da Rede Pública de Ensino foram surpreendidos com uma manchete fake do jornal Tribuna do Norte que apontava: “Após 407 dias sem aulas, professores ameaçam greve”. O título da matéria não condiz com a realidade vivida pelos milhares de educadores/as do RN que, em meio a pandemia da Covid-19, dão continuidade às atividades educacionais, desenvolvendo aulas de forma remota com dedicação e responsabilidade.

Má fé, falta de conhecimento ou erro na apuração dos fatos? A manchete do jornal reflete uma falácia ou completa ficção que vem sendo disseminada entre diferentes setores da sociedade e que aponta que os professores têm recebido seus salários sem desempenhar qualquer atividade desde março de 2020. A verdade é que no dia a dia e desde que a pandemia teve início, esses profissionais enfrentam uma rotina difícil, muitas vezes beirando a exaustão.

Para se adequar a realidade do momento e preservar suas vidas, de seus familiares, estudantes e responsáveis, há treze meses os professores transformaram suas residências em salas de aula. Recorrendo a um computador ou smartphone pessoal, fazendo uso da internet de seus domicílios, compartilhando a intimidade do lar e adaptando as metodologias presenciais para o formato remoto, a categoria se reinventou para atender aos mais de 600 mil estudantes matriculados na Rede Pública e por acreditar que a educação formal é um instrumento poderoso de mudança social.

Apesar dos desafios e dificuldades das aulas remotas para educadores e estudantes e apesar do desejo de retomar às aulas presenciais, os/as professores/as entendem que não é possível cogitar uma volta segura à normalidade antes da imunização da população de forma célere, do maior controle da doença e da redução dos números de internações e mortes, especialmente quando o país registra mais de 3 mil vidas perdidas diariamente para a Covid. Desse modo, o retorno presencial ainda não é possível sobretudo nas escolas da rede pública e para alunos que utilizam transporte coletivo e que, por isso mesmo, estão ainda mais expostos ao risco.

O SINTE/RN reitera aos potiguares que, em meio ao medo, perdas, dor e desafios, os professores e professoras da Rede Pública de Ensino estão trabalhando e trabalhando muito. E esclarece que as atividades dos educadores têm ocorrido de forma remota porque o trabalho que eles desenvolvem assim o permite, porque o momento requer medidas de distanciamento social e porque viver deve ser prioridade de todos. Adicionalmente, o Sindicato chama atenção para o fato de que a greve é um instrumento de luta da classe trabalhadora; um direto que não pode e nem deve ser confundido com ameaça.

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