O Rio Grande do Norte tem 64,5% das estradas com algum tipo
de problema. É o que aponta a Pesquisa de Rodovias 2022 da Confederação
Nacional do Transporte (CNT), que analisou 1.879 quilômetros da malha
rodoviária pavimentada do Estado e verificou que quase 2/3 das rodovias
potiguares apresentam algum tipo de estrago, seja de natureza regular, ruim ou
péssimo. Problemas de sinalização, traçado da via e falta de acostamento também
foram constatados. O levantamento da CNT também revela que as más condições das
vias causarão um prejuízo de R$ 87,7 milhões aos transportadores somente neste
ano, o que encarece o frete e consequentemente os preços dos produtos no
comércio. A malha estadual possui 3.400 quilômetros e a federal 1.500
quilômetros.
O percentual de 64,5% corresponde ao estado geral das vias potiguares, composto pelas classificações: regular (40,2%), ruim (8,8%) e péssimo (15,5%). O restante da malha está em boas condições: bom (28,4%) e ótimo (7,1%). Em relação a 2021, o Estado Geral das rodovias do RN apresentou melhora de 2,6 pontos percentuais. Em geral, o resultado desta avaliação está diretamente associado ao volume de investimento destinado à manutenção, à restauração e à conservação das rodovias. De acordo com a pesquisa CNT – publicada em outubro último – seriam necessários investir R$ 767,89 milhões para recuperar as rodovias do Rio Grande do Norte com ações de restauração e reconstrução. O estudo identificou ainda 35 pontos críticos, que são os trechos com buracos maiores que um pneu, por exemplo, e que podem causar acidentes graves.
O professor Alexandre Pereira, da Diretoria Acadêmica de
Construção Civil do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (Diacon/IFRN),
avalia que os resultados da pesquisa confirmam a sensação de insegurança dos
motoristas que trafegam pelas estradas do Estado. Segundo ele, uma das
principais consequências é o risco para a vida das pessoas. “As principais
consequências de uma malha rodoviária deficiente são o aumento no custo
operacional dos veículos devido ao maior desgaste nos equipamentos, consumo
maior de combustível e aumento no tempo de viagens, bem como e principalmente
no maior risco de ocorrências de acidentes, tanto pela degradação do pavimento
(buracos, ondulações e outros problemas na superfície dos pavimentos) como pela
má qualidade da sinalização e deficiências no traçado das rodovias”, afirma o
especialista.
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